No decorrer deste ano, tendências que já apareciam para profissionais que trabalham com planejamento imobiliário podem se acentuar devido à pandemia. Isso porque todo esse contexto intensificou o desejo das pessoas por lugares mais abertos e qualidade de vida.
De acordo com informações divulgadas na Casa & Jardim, isso pode ser observado por meio do aumento na procura por imóveis no campo e no litoral.
Afinal, elas passaram a dar maior atenção ao espaço disponível no próprio lar, uma vez que muitas empresas se adaptaram ao modelo home office.
Escritórios para trabalhar com comodidade e quintais para os pets passearem são algumas das preocupações que surgiram e despontam como tendências no mercado imobiliário a partir de agora.
Mas não é apenas o cotidiano profissional que está impactando nessas decisões. A busca por menor exposição aos riscos de saúde, devido à Covid-19, também é um fator considerado nas viagens a lazer e planos pessoais a longo prazo.
Dados do Airbnb mostram um aumento no número de buscas recentes por destinos domésticos, a menos de 300km de distância, de modo que os viajantes consigam curtir sem abrir mão do isolamento.
Isso evidencia uma mudança de comportamento na compra de imóveis daqui para frente. Por isso, convém aos profissionais deste segmento se atentar às melhores formas de aproveitar o entorno para a conquista dessas oportunidades.
Conheça abaixo alguns indicadores que podem auxiliar nessas análises.
“Qualidade de vida” pode significar muitas coisas, e isso varia conforme a interpretação de cada pessoa.
Atualmente, uma das definições mais amplamente difundidas para esse entendimento é o Índice de Desenvolvimento Humano, o famoso IDH, utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para avaliar diferentes países.
Esse indicador leva em consideração os seguintes fatores:
Quando se trata das cidades brasileiras, a análise aplicada é a do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, que usa as mesmas informações, porém com dados relacionados às especificidades do país.
Ele é elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro.
Essas métricas são de grande relevância para entender avanços no acesso a bens e serviços. Mas para entendimento de mercado, é possível ir além.
Para compreender a relação entre os habitantes de um lugar e o acesso a serviços de saúde, educação e possibilidade de aumentar renda, é possível mapear como os estabelecimentos relacionados estão distribuídos geograficamente.
Em outras palavras, é identificar quantos e onde estão os hospitais mais próximos, postos de saúde, clínicas, escolas, universidades, entre vários outros segmentos relevantes para esse tipo de estudo.
Isso porque, com ferramentas de inteligência geográfica, como o OnMaps, ou a partir do apoio de consultores especialistas, milhares de dados de mercado e território ficam facilmente acessíveis para profissionais que precisam de análises precisas.
Além de estabelecimentos de saúde e educação, esse ecossistema permite também a busca por empresas que realizam diversas atividades econômicas, tudo de acordo com os fatores de sucesso pertinentes à análise em questão.
Olhar para os territórios menores de um município é o que permite uma compreensão mais precisa do dia a dia que o comprador do imóvel, ou futuro habitante, passará a ter.
Isso não significa, entretanto, que analisar a região como um todo deixe de ser relevante. Afinal, as cidades litorâneas possuem uma dinâmica bastante diferente das capitais, as quais divergem das regiões metropolitanas, e assim por diante.
Não apenas as características físicas, como também a economia e as interações das populações com o ambiente divergem.
Alguns municípios do interior, por exemplo, são considerados prósperos, devido à renda média predominante dos moradores, os principais setores em atividade, entre outros aspectos.
Também existem os denominados “ascendentes”, pois apresentam aumento em indicadores significativos para o local – como a taxa de crescimento populacional. Ao utilizar a inteligência geográfica, é simples discernir uma da outra:
Academias, museus, parques, academias, praças, shoppings, restaurantes… todos esses tipos de estabelecimentos são analisados por um possível comprador de uma unidade, principalmente quando ele busca essa migração para obter mais qualidade de vida.
Com um mapeamento desses locais no planejamento imobiliário, torna-se facilmente identificável o potencial da região para o comprador em questão.
Além disso, também o deslocamento que o morador terá até esses locais pode ser mensurável por tempo ou distância – a pé e de carro.
E por falar em trajeto, a logística é mais um fator bastante sensível, especialmente para quem pretende se mudar do ambiente caótico de uma grande capital para a calmaria de cidades interioranas ou do litoral.
Existem rodovias ou viadutos próximos do local que se pretende vender a esse público? Isso pode ser visto como bom para algumas pessoas, mas muito ruim para outras.
O mesmo serve para pontos de ônibus, metrôs e trens. Se, por um lado, eles facilitam o deslocamento de usuários, por outro, também são responsáveis pela proliferação de ruídos na região.
Em caso de compradores que preferem se locomover usando carro ou bicicleta, as estações e pontos próximos se tornam luxos, muitas vezes, dispensáveis.
Além do transporte público, muitos outros tipos de locais costumam atrair grande fluxo de pessoas. Assim como as estações, estar próximo a esses lugares pode ser desejável ou repugnável.
Exemplo disso são as escolas. Estar próximo a elas pode reduzir muitos problemas ao levar os filhos para estudar, mas o quão pertinente é morar ao lado delas?
O mesmo serve para bares, restaurantes, entre outros. Ao mesmo tempo em que facilitam parte do dia a dia, também podem gerar dores de cabeça em determinados horários.
Por isso, encontrar um equilíbrio nessa distância na oferta a ser apresentada no planejamento imobiliário é de suma importância.
O comércio do entorno é um aspecto geográfico com potencial para gerar estresse, mas a desarmonia entre a quantidade de serviços disponíveis e o número de moradores que precisam deles também o é.
Justamente por isso, mais do que saber quantos postos de saúde, escolas, transporte – entre outros – existem em um território, calcular a quantos habitantes eles atendem, dá uma ideia da movimentação existente neles. Em outras palavras: filas. Quanto menos, melhor.
E não é apenas o entorno de um domicílio que, por vezes, se torna desestimulante. O próprio ambiente em que ele está situado é capaz de gerar conflitos e, consequentemente, uma venda frustrada.
Por isso, analisar a densidade local por meio da quantidade de domicílios ou de habitantes que existem em um determinado território faz toda a diferença.
Esses foram alguns indicadores relevantes para entender como análises geográficas são cruciais para definir o local ideal para cada comprador de imóvel.
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