A crescente abertura de farmácias é uma movimentação que já vem ocorrendo há tempos no mercado brasileiro.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) divulgados no portal AboutFarma, em setembro de 2019 havia, no País, 843 mais unidades do segmento do que no ano anterior.
Mesmo em 2020, em meio à pandemia de Covid-19, as empresas parecem não ter freado suas expectativas. Afinal, houve significativa quantidade de redes realizando IPOs na B3 ao longo do ano.
O fato de estar entre os estabelecimentos que prestam serviços considerados essenciais pode ter sido um fator de relevância para que os planos de expansão não fossem descontinuados ao longo desse tempo.
Contudo, neste cenário em que se multiplicam as oportunidades para abrir novas unidades, também é necessário um acompanhamento constante para avaliar se os resultados condizem com a meta proposta.
Sendo assim, como descobrir, desde o planejamento, quais os melhores locais para isso? Saiba mais neste post.
Nos dias de hoje, qualquer passo adiante demanda uma sólida robustez em dados para conseguir ter segurança nas tomadas de decisão.
Isso acontece nas mais variadas dimensões de nossas vidas: seja para seguir uma rota a caminho de algum destino ou fazer uma compra, a todo momento acessamos informações que servem de indicadores a respeito das melhores soluções.
Portanto, para objetivos de médio a longo prazo – e que têm um alto custo – como a abertura de farmácias, não haveria por que ser diferente, certo?
Neste caso, é importante dar bastante atenção aos aspectos do entorno de onde se pretende abrir uma unidade. E é justamente aí que entra a inteligência geográfica de mercado.
Esse conceito se refere às análises que levam em consideração os impactos proporcionados por fatores de georreferenciação em diversos âmbitos das empresas.
Para o varejo, isso diz respeito principalmente à expansão. Mas a aplicabilidade se estende também a outros setores e objetivos – como precificação, prospecção de PDVs no caso de indústrias, e assim por diante.
É comum que profissionais de inteligência geográfica de mercado procurem entender, por exemplo:
Esses são alguns dos dados que podem ser utilizados em meio a milhares de variáveis. Mas, no que diz respeito especificamente à abertura de farmácias, qual seria o caminho mais indicado?
Há muitos benefícios que as redes desse segmento podem obter quando utilizam a inteligência geográfica de mercado.
Com dados ricos e precisos, é muito mais fácil de entender o perfil do consumidor que vai – ou tem probabilidade de ir – ao estabelecimento, além de ser possível identificar o quão concorrencial é o próprio território de atuação.
Ou seja, um profissional que tenha os conhecimentos e recursos necessários para esse tipo de análise consegue mapear:
Este último ponto, aliás, merece atenção. Isso porque pode tanto ser um aspecto sensível no que se refere à abertura de farmácias quanto uma força potencializadora de resultados.
Justamente por isso, está por trás de muitas estratégias – não apenas no mercado farmacêutico, mas também na expansão de lojas, elaboração de campanhas, entre vários outros.
Não por acaso, informações desse tipo frequentemente estão entre as responsáveis por definir se um novo ponto comercial terá êxito ou não em sua operação.
No que diz respeito à área de influência e aos estabelecimentos próximos, falamos sobre o impacto que eles causam do ponto de vista concorrencial da empresa. Mas o que esses conceitos têm a ver exatamente com a abertura de farmácias?
Isso é bem simples: basta entender que, para saber o quão influente uma unidade consegue ser em relação ao seu consumidor, ela deve estimar a distância que ele está disposto a percorrer para ir até alguma loja.
Existem marcas, por exemplo, que realizam um forte trabalho com o objetivo de oferecer produtos tão diferenciados que as pessoas atravessam a cidade inteira para comprá-los. Mas este, geralmente, não é o caso do varejo farma.
Com exceção de produtos específicos, o mais comum é que as pessoas simplesmente “parem” em um estabelecimento desses enquanto estão no caminho para outro lugar – voltar do trabalho, por exemplo.
Neste sentido, talvez os consumidores não estejam dispostos a pegar um barco ou atravessar um viaduto apenas para garantir um remédio para dor de cabeça, a não ser que não exista outra alternativa.
A lógica é muito parecida com a de quando se pretende abrir uma bombonière, ainda que existam diferenças particulares entre ambos os tipos de estabelecimentos.
Ou seja, ambas compreendem que a dimensão do território sobre o qual exercem influência não é muito grande. Por isso, é bastante comum recorrerem a estratégias sutis, mas poderosas.
É o caso, como citamos anteriormente, de procurarem se localizar próximas a locais que atraem grande fluxo de pessoas, como postos de gasolina, bancos, entre outros – ainda que de outros segmentos.
Assim, essa movimentação do entorno acaba beneficiando também o ponto daquele rede.
Esse é somente um exemplo de como o acesso a importantes dados a respeito de um local, em conjunto com um olhar atento ao espaço geográfico, auxilia na potencialização de resultados.
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