Todo semestre, as escolas e universidades iniciam sua programação para os novos períodos letivos. De aulas à contratações e captação de alunos, são muitas decisões a serem tomadas, e os envolvidos costumam viver semanas de muitos desafios.
Ainda que alguns fatores sejam relativamente estáveis ao longo dos anos, outros apresentam variações. No caso de instituições privadas, mudanças na economia e no comportamento local ao redor das unidades podem apresentar impactos nas matrículas.
Especialmente nos últimos tempos, a compreensão a respeito do perfil dos estudantes e as transformações tecnológicas se tornaram cada vez mais impossíveis de serem ignoradas.
Veja abaixo como dados e inteligência são úteis para o entendimento dessas questões, e ainda elaboração de planejamentos concretos para o setor de ensino.
A localização da escola é um ponto particularmente importante. Afinal, o fácil acesso a ela é um dos primeiros fatores que os pais avaliam antes de decidir onde permitir que seus filhos estudem.
Por meio de informações extraídas em uma ferramenta de inteligência geográfica, isso se torna bastante simples. As análises que oferecemos são fornecidas por nós da Geofusion, líder no tipo de serviço no Brasil, dispondo de dados extraídos das mais diversas fontes.
Um primeiro passo para quem deseja iniciar a captação de alunos é compreender como se distribuem os players do segmento como um todo na região onde se pretende avançar.
No caso abaixo, fizemos uma busca pelos pontos em que se situavam as unidades das principais redes de ensino privadas na cidade de Campinas, separados pelo tipo de região. O mapa ficou dividido da seguinte forma:
Em vermelho, deixamos as áreas consideradas comerciais; em amarelo, as mistas; em azul, as residenciais com predominância de público de renda média; em verde, as residências com rendas alta ou muito alta.
Apenas em uma primeira olhada, é possível perceber que essas duas últimas são territórios onde ficam parte significativa das escolas privadas de Campinas. Número interessante aparece também em regiões de características mistas.
Entretanto, essa está longe de ser a única forma de identificar e compreender a geoespacialização do aluno em potencial.
Outro caminho possível para descobrir a melhor região para abertura de unidades e captação de alunos é por meio da quantidade de habitantes que existem por km². Ou seja, densidade demográfica.
Neste caso, pegamos como exemplo a cidade mais populosa do País, São Paulo:
Optamos por representar, nas cores mais escuras, os territórios em que a densidade demográfica é mais intensa.
Isso porque, ainda que as regiões centrais atraiam grande movimentação de pessoas devido à diversidade de bens e serviços, as outras também podem possuir públicos interessantes.
Afinal, territórios residenciais com alta densidade demográfica por vezes representam grande potencial de consumo. Isso porque frequentemente o público-alvo das instituições de ensino escolhe onde se matricular por conta da proximidade da própria casa.
Faixa etária e renda são dados cruciais quando se trata da captação de alunos. Dessas duas informações, a primeira não costuma ser difícil de identificar entre os clientes já existentes.
Renda, por vezes, pode ser mais desafiadora. Mas ambas têm suas dificuldades quando se trata de uma rede que atenda em mais de uma cidade, ou em regiões distintas.
De qualquer forma, com uma ferramenta de inteligência geográfica, descobrir o endereço desses clientes e saber priorizar ações não é apenas possível. É, principalmente, fácil – como no exemplo abaixo:
Neste caso, procuramos identificar a localização de habitantes entre 0 e 19 anos com renda AB, também na cidade de São Paulo. Os tons avermelhados indicam maior concentração deste público, ao contrário dos tons em azul.
É perceptível, portanto, certa quantidade em alguns bairros, como Tatuapé, Perdizes, Moema, Saúde e Vila Andrade. Assim como nos mapas anteriores, os pontos distribuídos no mapa indicam a presença de concorrentes.
Desta forma, encontra-se não apenas o público em potencial, mas também a concorrência que se teria que enfrentar a partir de uma eventual inserção em meio àquele ambiente.
Diferentemente da educação básica, as universidades costumam ter faixas etárias relativamente mais diversas, ainda que predominantemente jovem.
Além disso, os focos de atuação também são distintos. As instituições acabam focando mais em determinados cursos, e a estrutura tecnológica costuma ser mais atualizada, dependendo dos casos.
No mapa abaixo, consideramos o dado estimado de Potencial de Consumo em Mensalidades e Matrículas. Em outras palavras, isso significa o quanto as pessoas declaram ter a intenção de gastar durante o período de 1 ano.
Os territórios em marrom são aqueles que concentram maior potencial para esse tipo de serviço. Os esverdeados representam as fatias menores.
Neste caso, os pontos coloridos em roxo representam um dado diferente do que utilizamos nas análises anteriores. Trata-se de instituições de Ensino Superior que oferecem modalidades à distância.
Além do crescimento desse mercado nos últimos anos, os acontecimentos de 2020 levaram a maior familiaridade de diferentes públicos com essa modalidade de educação.
Dependendo do nível do curso, como graduações e pós-graduações, o acesso ao espaço físico continua sendo um fator importante, ainda que talvez não seja o principal.
Isso porque, ainda que exista a oportunidade de estudar de longe, nesses casos costuma existir a exigência de realização das provas presencialmente, uso de laboratórios etc. Além disso, a visibilidade aumenta a possibilidade de realização de matrículas.
Com o crescimento desse tipo de demanda, compreender o perfil do público atendido também se torna estratégico para avaliação do mercado e de serviços.
Além da compreensão geográfica a respeito do público do EAD, é necessário saber também quem de fato consegue acessar esse tipo de serviço. Ou, ao menos, que tenha maior aderência aos canais ofertados, para que se consiga obter uma captação de alunos satisfatória.
Com base nas informações de potencial de consumo, conseguimos extrair os territórios em que isso ocorre com maior intensidade:
Neste mapa, representamos o potencial indo das cores mais quentes às mais frias. As regiões em vermelho possuem maior consumo de internet, TV e telefone, enquanto as laranjas e amarelas são intermediárias e. Por fim, as verdes são as menores.
Assim como no estudo anterior, os pontos são onde os polos de EAD estão localizados. Curiosamente, quantidade expressiva deles não ficam em bairros onde o consumo desses serviços é maior, salvo algumas exceções.
Se as regiões centrais dão a São Paulo o apelido de “cidade que não para”, é preciso apontar que durante a noite elas, ao menos, desaceleram.
Muitos dos trabalhadores responsáveis pela circularidade local voltam para suas casas. E, afinal, não é de se estranhar que as luzes se acendam e os aparelhos sejam ligados justamente nas partes residenciais da cidade.
Mas essas análises acima foram apenas algumas das mais variadas possíveis de serem realizadas com dados precisos de inteligência geográfica.
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