O preço sempre foi fundamental para os negócios, tanto que por isso é um dos 4 Ps clássicos do famoso mix de marketing. Afinal, influencia os outros fatores (produto, praça e promoção) e ajuda na continuidade e sobrevivência de qualquer organização.
Por isso, é preciso saber como precificar um produto e ter um cuidado especial com esse cálculo. O preço final deve refletir os custos e a margem de lucro desejada, de modo a permitir que a empresa mantenha seus balanços financeiros positivos e saudáveis.
Vamos entender melhor então como é possível precificar um item. Saiba mais em detalhes nos tópicos a seguir.
O preço é um dos elementos mais importantes de sua estratégia de marketing e vendas. É o argumento principal para convencer seu cliente.
Em qualquer organização com fins lucrativos, o preço é o componente que gera equilíbrio entre o que se gasta e o que se obtém como lucro para arcar com salários, estruturas e outros compromissos.
É o que determina a diferença entre faturamento e lucro, permitindo que as empresas obtenham capital de giro e possibilidade de investimento interno.
Um bom preço é crucial para colocar a empresa no mercado e atrair as pessoas. Da mesma forma, pode ser instrumental para fidelizar e satisfazer constantemente os consumidores, criando um diferencial competitivo.
A precificação diz muito sobre como as operações são executadas: um valor mais baixo pode indicar, por exemplo, o bom uso de tecnologia para reduzir custos de operações.
Se um preço chama a atenção, certamente as pessoas e outras empresas vão tentar entender quais outros fatores produzem aquele preço vantajoso.
É importante perceber o que influencia na precificação e como o valor está atrelado à noção de preço. Vamos a esses conceitos no próximo tópico para maior compreensão de como precificar um produto.
Primeiro, a relação entre oferta e demanda. Isso demonstra o mecanismo do funcionamento do mercado: se há muita demanda e pouca oferta, os preços se tornam mais altos; se há pouca demanda e muita oferta, os preços abaixam; se há equilíbrio, os preços se mantêm estáveis.
Para chegar a essas conclusões, considera-se que o objetivo principal da empresa é retirar produtos do estoque e entregá-los de acordo com a capacidade de assimilação do mercado, em busca do equilíbrio.
Se essa absorção é rápida, com vendas tão ágeis quanto a capacidade de produção, o preço não precisa ser alto demais.
Outro fator que influencia o preço final é o custo de produção. Quais são os esforços necessários na cadeia produtiva para gerar um item? Quanto custa cada processo e cada agente envolvido? Todos esses elementos entram na equação.
Afinal, não faz sentido ter uma precificação que ofereça um valor menor do que os custos para produzir. Nenhuma empresa sobrevive dessa maneira.
Dentro desses custos, podemos verificar todos os processos que compõem a cadeia produtiva, da coleta de matérias-primas até o transporte final.
Além de tudo o que falamos, os impostos também desempenham um papel na definição de preço. Eles interferem na margem de lucro.
Primeiro, você deve levantar os custos necessários para produzir algo. Como falamos, isso inclui a análise de todas as etapas, de modo a entender o uso de recursos, o envolvimento de pessoal e todo o investimento.
Deve-se englobar custos fixos e variáveis. A partir disso, é viável pensar em uma base para a precificação ideal.
Vale lembrar sempre que esses custos podem diminuir, o que deve afetar novas bases de preços. Assim, é fundamental reavaliar constantemente esse indicador.
Tenha como um alvo bem claro a margem de lucro que a empresa deve obter na hora de precificar um produto.
A margem de lucro trata-se do valor que está na diferença entre o custo de produção e o valor do preço propriamente dito.
É preciso entender como definir uma boa margem de acordo com o mercado, com o tamanho da empresa, com as metas para aquele momento e outras questões.
Claro, não deixe de olhar para o mercado. O preço é uma variável definida em conjunto.
Analise a média de precificação praticada por empresas do seu ramo e entenda que é importante manter o equilíbrio de acordo com a média identificada.
Essa é uma questão que varia a depender do ramo e do tipo de cliente. A percepção de valor é a relação entre os benefícios e o preço médio para o produto.
Mesmo que dois produtos tenham um mesmo preço, um deles pode ser mais útil para o cliente, mais importante para sua vida, por isso, tende a ter maior valor. Há fatores externos também, como o status adquirido com certos produtos, que impactam no valor geral.
Por fim, analise os benefícios e os diferenciais dos seus produtos. Assim, você pode definir o quão distante está dos seus concorrentes na oferta de valor e o quão distante pode ficar no preço.
É importante entender como esses benefícios são gerados, a partir de qual estimativa de investimento, para ser justo com a precificação.
Há várias técnicas que podem ser aplicadas na precificação de uma mercadoria. Vamos conhecer algumas.
O lucro-alvo é uma abordagem que analisa o preço de conjunto de produtos, com base no volume de vendas, e não em vendas individuais. Estabelece uma meta a ser alcançada em um percentual total de vendas.
Há também o preço de penetração, que consiste em uma estratégia agressiva de diminuição de preços apenas para entrar no mercado. Essa diferença com relação à média gera um diferencial competitivo, o que cria um destaque para a marca.
Podemos mencionar o preço empacotado, uma forma de precificação que monitora grandes quantidades de produtos, em vez de itens individuais.
É como definir preços para o atacado, com descontos para quem adquire pacotes prontos com mais itens.
Um erro comum é apenas pensar no preço praticado por todos no mercado. Quando começa a entender como precificar um produto, algumas empresas caem nesse erro e geram um desequilíbrio com o seu custo interno de produção.
Afinal, não há como levantar um preço sem primeiro olhar para os gastos e esforços internos, como indicamos. A análise do mercado deve seguir em paralelo a isso, para fins de comparação, de modo a reforçar a análise.
Outro erro que é cometido por muitos é o outro lado: analisar somente a margem de lucro. Não se considera o valor, as nuances do mercado, as condições dos clientes, nem as possibilidades de diminuição de custos de produção.
Empresas desorganizadas, com gastos altos por falta de controle, acabam se distanciando do padrão do mercado por não fazer uma análise completa. Ao pensar somente no lucro, podem oferecer preços irreais, que não fazem sentido para o cliente.
Entender como precificar um produto é um bom primeiro passo para oferecer alguma mercadoria no mercado.
É o pilar da busca por sobrevivência e expansão. Deve ser feita com o apoio de dados, de inteligência de mercado e de uma visão ampla — que compreende aspectos internos e externos em equilíbrio.