Quando se trata de fazer um planejamento para formatação de franquias, os aspectos geográficos têm grande impacto nos resultados obtidos no ponto comercial.
Isso porque, além da análise de franqueabilidade, da viabilidade financeira, jurídica e de todas as fases que envolvem esse processo, também é necessário se atentar ao que de fato trará retorno à empresa: o público-alvo.
Para melhor entendê-lo e encontrar o local mais próximo a ele, convém saber onde, de fato, está. Mas mais do que isso, estudar o entorno da unidade é crucial para que haja êxito na expansão.
Afinal, torna-se possível manter uma distância mais saudável dos concorrentes, evitar canibalização, aproveitar oportunidades decorrentes da dinâmica da região e muito mais.
A seguir, saiba como a inteligência geográfica é ideal para esse planejamento.
Formatação de franquias: saiba onde está seu consumidor
Para uma boa análise de mercado com base em dados georreferenciados, você pode utilizar ferramentas como o OnMaps, ou contar com o apoio de especialistas para melhor direcionamento dos estudos.
Com qualquer uma dessas alternativas, você tem acesso a milhares de informações de fontes confiáveis, públicas e privadas, e consegue mapear exatamente o que quiser encontrar de relevante para seu segmento de atuação.
A Cacau Show, por exemplo, é uma cliente Geofusion que desde 2010 já abriu mais de 1.400 unidades de franquia com o apoio das nossas soluções.
E não só isso: por meio dos nossos dados, a empresa consegue decidir, também, qual é o formato ideal de loja para cada cidade ou bairro onde passará a atuar.
Uma prática bastante comum nesse tipo de análise é a busca por consumidores de acordo com a renda média domiciliar e o potencial de consumo por categoria de produtos.
No exemplo abaixo, consideramos uma rede de franquias de restaurantes paulistana que atua com foco no público da classe C, ou seja, ganhando entre R$ 1,2 mil e R$ 4,5 mil por mês.
Filtramos ainda de modo a destacar as microáreas onde haveria maior intenção de gastos ao longo do ano com almoço, jantar, café e lanche. As partes com tom escuro de roxo são as que apresentaram maior resultado:
Microáreas com maior potencial de consumo para almoço, jantar, café e lanche em São Paulo
Logo, nota-se uma quantidade interessante de oportunidades fora do centro da cidade, principalmente nas zonas sul e leste da cidade.
Mas será que ter acesso a essas informações é o suficiente para uma formatação de franquias que trará os resultados necessários?
Descubra onde “anda” seu cliente
Outra informação importante para se considerar nessas análises, principalmente no que se refere ao segmento de alimentação, é a circulação de pessoas nos arredores do estabelecimento.
Para isso, possuímos o PEA Dia, um dado que mostra a População Economicamente Ativa que passa pela região. Ele considera a quantidade de trabalhadores formais e informais do entorno, e soma à população residente inativa.
Portanto, são contabilizadas também as pessoas com mais de 18 anos que não estão empregadas, mas possuem alguma renda. É o caso, geralmente, de estudantes universitários, donas de casa e aposentados.
Visando entender essa dinâmica, decidimos comparar os locais onde haveria maior potencial de consumo e PEA Dia ao mesmo tempo.
Para isso, descolorimos todas as áreas referentes à análise anterior, mas mantivemos contornadas as que apresentavam os maiores resultados. Pintamos, então, apenas as áreas com maior PEA Dia, desta forma:
Comparativo entre PEA Dia x potencial de consumo para categorias selecionadas no estudo anterior
Tome decisões orientadas por dados
Tendo isso em mente, diversos caminhos podem ser tomados para o planejamento de formatação de franquias. Mas isso varia de acordo com o perfil que se está lidando ou desejando ter como franqueado. Três alternativas são:
- dar preferência a pontos comerciais em Santana, em caso de metas mais conservadoras;
- investir em propostas nas cinco microáreas que se destacam em ambos os critérios;
- arriscar em áreas com grande potencial e menor PEA Dia, apostando no delivery.
Essas possibilidades dependem de vários fatores, como o tipo de atendimento que a franquia prefere privilegiar, a estrutura que será exigida do franqueado, entre outros.
Vá além: estime a rota do delivery
Convém ressaltar que o fluxo de pessoas é particularmente importante quando se trata de restaurantes nos quais o maior foco está em atrair os clientes até os estabelecimentos.
Seriam os lugares frequentados durante o horário de almoço do trabalho, no happy hour após o expediente, ou mesmo lanches rápidos a caminho de algum lugar.
Mas podemos levar em consideração que essa franquia atue com comidas rápidas, ou que simplesmente tenha decidido expandir os serviços de entrega a domicílio.
Essa, inclusive, é uma tendência de mercado que se intensificou em 2020 e tem de tudo para continuar crescendo em 2021. Afinal, com as restrições da quarentena, cada vez mais empresas começaram a investir no delivery para atender a seus clientes.
Com as nossas soluções, também é possível analisar a cobertura que esse estabelecimento consegue ter para as entregas.
Caso a franquia opte pela unidade de Santana, por exemplo, e institua um padrão de no máximo 30 minutos para que os produtos cheguem até os consumidores, podemos traçar um raio desse trajeto.
Para isso, reconectamos nossa camada da primeira análise, que indicava as regiões com maior potencial de consumo, representadas na cor roxa. O visual ficou assim:
Área de cobertura de um delivery com máximo de 30 minutos de entrega, partindo da região de Santana, comparando com potencial de consumo e fluxo de pessoas no entorno
Se você for reparar, perceberá que o espaço físico conseguiria aproveitar o fluxo de pessoas de Santana para atrair o público do entorno, e ainda o potencial de consumo de grande parte das microáreas da zona norte para o delivery.
O mesmo tipo de análise poderia ser feito para as outras microáreas.
Além disso, para empresas que possuem condições estruturais ou metas ousadas de expansão, outra alternativa ainda seria franquear com estabelecimentos de alto potencial fora dos maiores fluxos de pessoas.
Neste caso, essas unidades precisariam, portanto, ter foco principalmente no delivery, para atender às regiões do entorno.
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