Você acha que o geomarketing é uma novidade? Saiba que, apesar de ter adquirido maior visibilidade recentemente, esse conceito existe há mais de 80 anos. Afinal, saber onde estão seus clientes sempre foi uma necessidade do mundo dos negócios. Contudo, por décadas, o acesso às informações e materiais necessários para os estudos de inteligência geográfica de mercado foi limitado. Apenas com os avanços tecnológicos da era digital, é que o geomarketing passou a ser mais difundido.
Tudo começou na década de 1930 com William Applebaum, Analista de Pesquisa de Mercado da Kroger Co., uma rede de varejo de supermercados americana. Enquanto marcava em um mapa de papel a localização de lojas, clientes, fornecedores e concorrentes, o executivo identificou entre esses elementos algumas relações territoriais que geravam impacto sobre os negócios e que poderiam ser exploradas em benefício da companhia.
Se em 1930 eram utilizados mapas de papel e pequenos alfinetes coloridos para demarcar áreas de concorrência e concentração do público-alvo – eram mapas e mais mapas para se organizar -, agora, as análises podem ser mais profundas e rápidas graças a plataformas modernas de inteligência geográfica de mercado, como softwares especializados. A popularização de ferramentas de localização na última década também foi um fator importante para que o geomarketing ganhasse mais espaço.
O geomarketing foi trazido ao Brasil nos anos 80 por investidores americanos do setor varejista, como McDonald’s e Blockbuster. No entanto, era restrito a poucas empresas, que pagavam por consultorias pontuais. Afinal, as informações para esse tipo de análise eram escassas, assim como as ferramentas para se trabalhar além do mapa de papel.
Apenas em meados de 1990 entraram no Brasil os primeiros softwares geográficos comerciais. Nesse período, a informação começou a ficar mais acessível e cresceram as empresas de consultoria voltadas inteiramente para o geomarketing. Dez anos depois, surgia no mercado brasileiro o primeiro sistema de inteligência geográfica online do mercado, o OnMaps.
Com os avanços tecnológicos dos últimos anos, as ferramentas de geomarketing progrediram ao ponto de permitir cruzamentos de informações complexas, incluindo dados sociodemográficos, estatísticas de atividades econômicas e perfis de negócio. Paralelo a esses avanços, o custo dessas plataformas também foi reduzido, tornando-as mais acessíveis.
A consequência é que empresas de diversos segmentos têm convergido suas estratégias de marketing, expansão e gestão sob a ótica da inteligência geográfica de mercado. Dessa forma, encontram novas oportunidades para prospecção de clientes e abertura de pontos em localidades distintas, com ampla vantagem competitiva. As ferramentas de geomarketing também têm auxiliado executivos de diferentes setores a terem insights sobre ofertas e produtos.
Esse é um mercado que ainda tem muito a ser explorado. A tendência é que as ferramentas se mantenham em evolução, ajudando as empresas a reinventar suas estratégias de negócios e melhorar seus resultados.
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