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Geração Z no Brasil: geomarketing nas estratégias de vendas

Written by geofusion | Feb 13, 2023 2:10:02 PM

O mercado, hoje, tem um perfil de consumidor diferente daqueles com os quais estava acostumado por muitos anos: é que parte da geração Z no Brasil já possui seu próprio emprego, renda e influência nas tendências de muitos segmentos.

Nascidos entre o final da década de 1990 e no decorrer dos anos 2000, tratam-se de jovens que estão vivendo sua adolescência ou os primeiros anos da maioridade.

Assim como seus pais e avós, eles experienciam acontecimentos específicos do mundo em que vivem e também de suas faixas etárias, marcados por mudanças tecnológicas e crises econômicas – sendo tudo isso levado para seus hábitos de compra.

Tanto na alimentação quanto em questões de saúde, moda, mídia, ou quaisquer outros setores, as opiniões desse público já se expressam em diversos canais, e é importante às empresas ficarem atentas nisso em seus planos de venda e expansão.

Este foi um dos temas abordados na maior feira de varejo mundial, a NRF Retail’s Big Show 2023, e discutido no Brasil em um evento exclusivo organizado pela Associação Brasileira de Franchising.

E o que esses fatores têm a ver com geomarketing? É o que mostraremos neste conteúdo abaixo.

Quem é a geração Z no Brasil

Muitos se referem a esse público como “geração TikTok”, por causa de sua grande presença nessa rede social.

Mas não é só de vídeos, dancinhas e trends – termo usado para se referir a conteúdos virais – que essas pessoas vivem. Aliás, está longe de ser seu interesse principal.

Devido à faixa etária, a maior parte da geração Z no Brasil está em fase escolar ou universitária, e esse é um dos aspectos mais importantes em seus hábitos e comportamento de consumo.

E não é apenas o setor de ensino que deve levar isso em consideração na definição de estratégias.

Quando se trata de geomarketing, este é apenas um dos inúmeros dados que podem ser analisados para elaborar ações: os estabelecimentos que existem no entorno das instituições, o trajeto que esses estudantes realizam e, inclusive, onde moram, estão entre as diversas variáveis a serem estudadas.

A partir dessas informações, é possível aproveitar oportunidades e potencializar tanto o planejamento comercial das indústrias quanto a abertura de unidades no varejo.

O que a geração Z consome

Antes de implementar uma estratégia voltada a este perfil de consumidor, é necessário entender o que o diferencia de quem está em outras faixas etárias.

Uma vez que a geração Z no Brasil cresceu em meio à ampliação do acesso à internet, houve – e há – uma exposição a diversas informações que chegam de maneira instantânea, diferentemente do que ocorreu com os jovens de décadas anteriores.

Não por acaso, são pessoas que preferem a praticidade e a agilidade de fazer compras por meio de e-commerces (28%) ou formatos híbridos de consumo (36%), conforme dados da National Retail apresentados na pós-NRF, da ABF.

Além disso, a preocupação com a saúde mental e física está entre suas prioridades.

Um estudo realizado pela HBSC (Health Behaviour in School-aged Children) patrocinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e divulgado pela CNN mostra que apenas 8% dos jovens de 18 anos consomem bebidas alcoólicas semanalmente – resultado que corresponde a um terço de quem tinha a mesma idade em 2006.

Para empresas que investem nesse segmento de produtos, portanto, surgem oportunidades de vendas de águas, sucos, refrigerantes e energéticos.

No entanto, não apenas neste, mas em qualquer setor que decida conquistar a geração Z no Brasil, é necessário ser cauteloso. Isso porque uma de suas principais características é o forte senso crítico em relação a tudo o que há ao seu redor.

Se questões como sustentabilidade e diversidade soam desafiadoras aos seus pais, avós ou mesmo irmãos mais velhos, para os “gen Z” o compromisso com essas pautas é, muitas vezes, o pré-requisito para comprarem qualquer produto.

Cases no mercado

Mudanças de comportamento como essas estão entre os fatores que fizeram com que a grife Victoria’s Secrets, até poucos anos associada a roupas íntimas e modelos magras, brancas e altas, revisse sua marca.

Após passar por problemas financeiros e fechamentos de lojas, a empresa passou a oferecer produtos plus-size e agênero, além de contratar para seu catálogo profissionais ativistas, empreendedoras e LGBTQIAP+.

Caminho similar foi seguido pela Abercrombie & Fitch, conhecida ao longo de duas décadas por seus modelos masculinos jovens e sem camisa.

Visando conquistar as novas gerações, também começou a investir em roupas mais largas, leves e, assim como Victoria’s Secrets, mudou a experiência do cliente que visita suas unidades.

Já empresas como Burberry e Gucci, em meio à pandemia do coronavírus, decidiram rever seus modelos de produção e o impacto deles no meio-ambiente, aproveitando uma tendência entre os jovens em comprarem roupas consideradas “vintage”.

Com isso, essas marcas apostaram em táticas como reutilização de recursos e venda de peças de roupas usadas, tendo como objetivo não apenas se reposicionar no mercado, mas também conseguir maior market share entre os gen Z.

Foto: Divulgação


Onde encontrar esse público no Brasil

Afinal, como esses fatores se relacionam à inteligência geográfica de mercado? Isso é simples.

Angariar novos públicos, especialmente quando eles demandam novas formas de produção – como é o caso da geração Z no Brasil – envolve muitos desafios.

Em um cenário no qual surgem cada vez mais concorrentes grandes e pequenos investindo em formatos diferenciados de atendimento, uma loja não pode ser apenas um espaço onde as pessoas se direcionam para comprar um produto: ela precisa fazer o trajeto valer a pena.

Os gen Z demandam que as empresas às quais colocarão seu dinheiro representem seus valores e gere identificação com autenticidade.

E para isso, as estratégias de vendas e expansão precisam estar próximas de seu público, e descobrir nuances que vão além de um recorte geracional, entendendo questões como:

  • Qual a faixa de renda desse jovem consumidor?
  • O quanto ele está disposto a percorrer até uma loja para comprar um produto?
  • Que tipo de lugar ele frequenta (escola, shopping, parque)?

A partir desses aspectos, torna-se muito mais simples traçar um planejamento eficaz e de sucesso para conquistar esse perfil de consumidor, e assim potencializar a participação da sua empresa em um mercado em ascensão.

Dos tons escuros aos mais claros: concentração de pessoas entre 10 e 19 anos em Belo Horizonte (MG); nas estrelas brancas, unidades de grandes redes de educação superior e básica na cidade


Conclusão

A geração Z no Brasil demanda às empresas formatos inovadores e socialmente responsáveis, os quais desafiam o cenário competitivo e de aceleração tecnológica visto pelo mercado.

Para isso, dados precisos e profundos sobre essa parte da população – em conjunto com fatores geográficos – são fundamentais para a abertura de lojas de sucesso voltadas a este público.

Ferramentas de inteligência geográfica são, portanto, imprescindíveis para compreender de maneira eficaz as melhores estratégias de expansão e vendas que pensem além do curto prazo. E a Geofusion possui os produtos ideais para isso.

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