No varejo, é importante realizar constantemente um mapeamento de mercado para identificar onde estão as melhores oportunidades de abertura de novas lojas e, consequentemente, aumento nas vendas.
A todo momento os concorrentes expandem seu número de unidades, assumem novas posições e o aparecimento de entrantes torna o setor ainda mais competitivo.
Por esses motivos, é necessário ficar atento às movimentações e saber encontrar, também, os lugares com maior potencial a longo prazo.
Nesta tarefa, portanto, a inteligência geográfica é crucial para obter ótimos resultados. Continue a leitura para saber mais sobre isso.
A principal forma de realizar uma análise de mercado como essa é utilizando uma ferramenta como o OnMaps, software de geomarketing líder no mercado que permite acesso a milhares de dados públicos e privados de alta confiabilidade.
Trata-se do recurso mais utilizado pelas maiores empresas do Brasil em seus estudos para definição de estratégias precisas e bem direcionadas.
Além disso, também é possível contar com a Consultoria, serviço que oferecemos na Geofusion para quem necessita de análises pontuais e de grande complexidade.
No caso do varejo, uma informação bastante utilizada é o potencial de consumo, que mostra o quanto os domicílios estão dispostos a gastar com determinada categoria de produtos.
A partir de então, é possível tanto fazer um mapeamento de mercado no sentido de, literalmente, cartografar os locais mais propícios, quanto extrair as informações para calcular indicadores próprios. A seguir, veja um exemplo no segmento de alimentação.
Abaixo, utilizamos o OnMaps para descobrir quais as microáreas do município do Rio de Janeiro em que as pessoas mais intencionam consumir produtos para alimentação no domicílio.
Ou seja, leites, pães, carnes, entre outros que geralmente são comprados em mini, super e hipermercados para serem preparados no almoço, jantar, em suma, no dia a dia em geral.
Como é possível perceber, a princípio a ferramenta já mostrou nas áreas mais escuras onde essas categorias trariam grandes retornos. Mas queríamos ainda mais precisão no estudo.
Por isso, extraímos em alguns cliques uma planilha com dados que consideramos de relevância para esse case fictício, mais especificamente a quantidade de domicílios.
Dividimos então o total do potencial pela quantidade de residências para saber o quanto, em média, é consumido em cada uma delas:
Em um mapeamento de mercado, o maior segredo para o sucesso consiste em entender os principais fatores que caracterizam a sua persona ou que a estimulam a comprar – de preferência, os dois aspectos juntos.
São algumas dessas variáveis:
Seguindo com o exemplo acima, é possível cruzar diferentes informações para descobrir o quanto elas de fato se adequam à necessidade do mercado em questão.
No mapeamento de mercado que realizamos, o resultado obtido foi de que, ao ano, os domicílios das principais microáreas gastam em média:
No entanto, chama atenção o fato de que todos esses locais estão entre os que possuem maior poder aquisitivo na capital fluminense.
Para determinadas redes ou estratégias do varejo de alimentação, isso, talvez, seja o suficiente para seguir adiante.
Mas em outros casos, a partir de dados internos da própria empresa, o profissional de inteligência de mercado se depara com consumidores que possuem um perfil diferente.
Nessa situação, ele pode utilizar o OnMaps para fazer outro caminho. Isto é, ao invés de partir do território para a persona, delimitar primeiro as características de seu público para depois buscar o local.
Uma opção para isso é realizar esse mapeamento de mercado de acordo com a renda média domiciliar.
Na imagem abaixo, por exemplo, optamos por selecionar onde há maior propensão apenas para residências na faixa C1, isto é, que recebem entre R$ 2.497,01 e R$ 4.508,01 por mês.
O resultado logo muda, e passa a representar principalmente territórios mais próximos da zona oeste, norte e central da cidade, contemplando o consumo nas periferias.
Feito isso, como prosseguir para elaborar uma estratégia que faça sentido para a empresa?
É aí que começam as filtragens para entender, entre todas as opções, as que consistem em oportunidades mais adequadas à capacidade da sua rede.
Um caminho é procurar descobrir o fluxo de pessoas que há nos territórios selecionados. No mapa abaixo, focamos apenas na microárea com maior potencial dentro dos critérios que estabelecemos no estudo anterior.
Assim, identificamos a quantidade de pessoas economicamente ativas que circulam em Realengo Sul por dia: são 71.678.
Além disso, também selecionamos os CEP5 que ficam no entorno, junto com alguns estabelecimentos estratégicos dos quais seriam interessantes situar o nosso supermercado fictício.
No mapa a seguir, nas cruzes verdes, representamos as farmácias; nos quadrados azuis, as agências bancárias.
A escolha foi por um motivo simples: esses segmentos são polos geradores de tráfego, ou seja, a atividade econômica que eles desempenham atrai tantos clientes que acabam sendo auspiciosos também às outras empresas localizadas nas proximidades.
Colocamos ainda, identificados em triângulos amarelos, os outros supermercados pertencentes a grandes redes, para obter uma indicação do quão concorrido é o território. O mapa ficou desta forma:
Vários insights ficam evidentes apenas nesta visualização: o primeiro deles, de que os polos se concentram principalmente fora de Realengo Sul. Dos que estão dentro, a maior parte se localiza nas avenidas de Santa Cruz e Marechal Fontenele.
Os grandes supermercados tendem a ficar um pouco mais dispersos do que os outros estabelecimentos que escolhemos, embora parte significativa deles ainda prefira se manter nas proximidades.
Outro aspecto é que, quanto mais se conhece a respeito de um território, também a necessidade de dados granulares se acentua.
Ou seja, a PEA Dia dessa microárea e as grandes redes constituem indicadores iniciais para entender o potencial de Realengo Sul. No entanto, surgem algumas dúvidas: e quanto aos players menores?
Neste caso, acontece que entender sobre a participação de mercado em diferentes escalas geográficas, considerando o recorte do porte das empresas, não é exclusividade do Rio de Janeiro, mas sim um ponto importante no mapeamento de mercado com inteligência geográfica.
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