Os projetos de extensão vêm se tornando cada vez mais comuns nas universidades. Afinal, eles oferecem aos alunos a oportunidade de experimentar a aplicação de seus conhecimentos resolvendo problemas do mundo real.
Além disso, os alunos aprendem a pensar criticamente, resolver problemas e desenvolver habilidades que podem usar em sua futura carreira.
Diversas redes de ensino criam projetos de extensão com programas inovadores em diferentes níveis de complexidade, dependendo das necessidades das comunidades em que estão inseridas.
Dessa forma, os estudantes aprendem, pesquisam e colocam em prática os conhecimentos adquiridos enquanto auxiliam a sociedade com seus projetos.
Quer saber mais sobre como funcionam os projetos de extensão e como eles podem ajudar as universidades a se destacarem no mercado? Continue lendo!
A experiência dos estudantes, em muitas escolas e universidades, não passa da sala de aula, com pouco ou nenhum contato com o “mundo real”. Assim, a jornada do profissional que se forma apenas começa quando este recebe seu diploma e começa a exercer a profissão escolhida.
No entanto, diferentes instituições estão quebrando essa regra, criando projetos universitários para formar estudantes “além dos muros da universidade”.
Em outras palavras, criam projetos de extensão para levar aos estudantes experiências reais, ações humanitárias e visitas a ambientes propícios para o preparo do futuro profissional.
Chamados de projetos de extensão, as experiências “para além dos muros da universidade” são aquelas que buscam ampliar a atuação do campus universitário, colocando em prática todo o conhecimento científico do ensino e da pesquisa de modo a interagir, transformar e inserir os estudantes na comunidade.
Afinal, as universidades cumprem um grande papel social, que está, inclusive, previsto na Constituição brasileira no artigo 207, que diz: “As universidades […] obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”.
Ou seja, as universidades estão constituídas por 3 pilares básicos: ensino, pesquisa e extensão. O ensino e a pesquisa são mais conhecidos, já que ocorrem dentro da própria sala de aula.
Já a extensão universitária ocorre quando o estudante pode participar de atividades promovidas pela própria instituição que são destinadas à interação entre o estudante e a comunidade na qual está inserido.
Além de levar conceitos e aprendizados desenvolvidos no ambiente acadêmico à comunidade não universitária, os alunos também desenvolvem a empatia, aprendem as necessidades, anseios e saberes da comunidade, tornando-se profissionais mais preparados para trabalhar com diferentes perfis e culturas.
Alguns destaques de atividades fora dos muros da universidade são:
O Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), possui em seu currículo diversos projetos de extensão, buscando desenvolver um processo educativo, cultural e científico de forma intrínseca ao ensino e à pesquisa.
Para isso, os alunos participam de projetos que contribuem para a melhoria da qualidade de vida de centenas de pessoas em diferentes áreas, como saúde, justiça ou geração de renda.
O destaque vai para o projeto de cuidados de saúde bucal, em que os alunos do curso de odontologia auxiliam escolas nas periferias do Pará, promovendo ações de caráter educativo e preventivo em espaços que apresentam necessidades devido à falta de políticas públicas.
Diversos dos trabalhos dos estudantes já foram e seguem sendo reconhecidos e premiados por parte de importantes organizações, como Prêmio Inovação no Ensino Superior Prof. Gabriel Mario Rodrigues, Prêmios Santander Universidades e prêmios ANDEF.
O Centro Universitário do Sul de Minas possui um projeto de internacionalização, onde os estudantes podem realizar intercâmbios em diversos países latinos (como o Peru e o Chile), africanos (como Angola e Cabo Verde), europeus (como Finlândia e Itália) e muitos outros.
Além disso, o trabalho é realizado em esquema de reciprocidade, já que além de enviar alunos para o exterior, a universidade também recebe intercambistas de outros países, promovendo a ampliação do conhecimento de todos os estudantes.
Para isso, a universidade oferece e recebe de parceiros benefícios como transporte, estudo para um ou dois semestres, alojamento e estágio remunerado aos estudantes.
Com o projeto UFSM nas Ruas, a instituição promove a cidadania para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Alguns exemplos são atividades de Dia das Crianças para filhos de catadores de material reciclável e pessoas em situação de rua, projeto vinculado ao curso de Terapia Ocupacional.
Além disso, a universidade promove diversos seminários, buscando informar a comunidade sobre realidades diferentes das suas.
Com diversos programas institucionais de extensão, a Universidade Federal de Uberlândia se compromete a prestar serviços à comunidade e desenvolver os futuros profissionais em suas diferentes áreas de atuação.
Alguns exemplos são o Programa de Humanização do Hospital Clínicas de Uberlândia, em que os estudantes prestam atendimento aos usuários do SUS e crianças e seus acompanhantes em atendimento de consulta no Ambulatório de Pediatria.
Outro projeto de extensão, SOMA: Ações Transdisciplinares, tem a finalidade de abrigar e desenvolver ações relacionadas à estrutura de cuidados com o corpo, aumentando a consciência corporal da comunidade.
Como você viu, o mercado de ensino mudou — e muito. Projetos de extensão estão ganhando cada vez mais destaque entre estudantes, professores e profissionais do setor.
Afinal, as universidades que oferecem esses projetos entregam uma experiência rica que facilita a retenção dos alunos, evitando a evasão escolar que aumentou consideravelmente durante a pandemia.
Entre crianças e adolescentes, o abandono escolar cresceu fortemente entre 2019 e 2020, segundo pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2022. Embora os números tenham diminuído em 2021, continuam altos se comparados a 2019, pré-pandemia.
O Ensino Superior também foi afetado, segundo dados do Semesp. Em 2021, apenas nas universidades privadas mais de 3,5 milhões de estudantes abandonaram os cursos em que se matricularam.
As causas para a evasão podem ser muitas, mas as mais comuns são:
O ponto positivo é que é possível reter os alunos entregando a eles uma experiência diferente da concorrência e solucionar a evasão analisando diversos aspectos sociodemográficos.
Uma boa opção é utilizar um software de inteligência geográfica como o OnMaps, que auxilia a sua instituição a entender diferentes dados, como a renda média do local em que sua unidade está inserida, quem são seus possíveis alunos, estabelecer valores de matrículas e mensalidades com base na renda dos estudantes e muito mais.
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