Publicado em 28/04/2016

O que a Feira APAS e a inteligência geográfica têm em comum?

O que a Feira APAS e a inteligência geográfica têm em comum?

Geofusion Claudio Gonçalves
@geofusion_
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Se você atua com vendas na indústria alimentícia, já deve ter ouvido falar do evento realizado anualmente pela Associação Paulista de Supermercados. A Feira APAS é a maior do setor supermercadista brasileiro e chega a sua 32ª edição na próxima semana, de 2 a 5 de maio, em São Paulo.

Este ano, o tema do evento será “Perspectivas e Oportunidades”, e é justamente por isso que aproveitamos esse gancho para falar de algo muito importante na gestão comercial de indústrias que atendem redes varejistas: a inteligência geográfica.

O setor supermercadista vem enfrentando quedas nos resultados. No Índice Nacional de Vendas divulgado pela ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), o último mês de fevereiro apresentou decréscimo de 1,61% em comparação a janeiro, mas houve avanço de 2,92% quando comparado ao mesmo mês em 2015.

Esses números dão confiança para a área. De acordo com Sussumu Honda, presidente do Concelho Consultivo da ABRAS, o dado mostra certa recuperação no setor e, apesar dos indicadores ruins, há otimismo para o futuro.

O conhecimento do público-alvo como planejamento estratégico

A Indústria, ao lidar com as redes varejistas para disponibilizar seus produtos, encontra alguns desafios cujas resoluções devem ser prioridade no planejamento estratégico. Inserir um produto no mercado não é apenas expor nas gôndolas de um corredor. Essa decisão envolve muito conhecimento do público e inteligência competitiva.

Nem sempre a Indústria preocupa-se com o consumidor final. É claro que distribuidores representam um canal altamente estratégico. Porém, encontrar um distribuidor para o seu produto em determinada região não deveria ser o suficiente. O conhecimento do público fica delegado à empresa responsável pela distribuição. No entanto, saber onde está o consumidor final é de suma importância para a inteligência na Indústria. É por meio desse tipo de conhecimento que a distribuição e consequentemente as vendas podem ser mais eficazes.

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Uma das principais necessidades do setor é o rastreamento de informações do meio externo. Quem são as pessoas que vivem ou circulam próximas ao estabelecimento? Quais são os horários delas? Quais são as faixas etárias? E a renda média?

Para a sobrevivência a longo prazo e desenvolvimento do negócio, todas as perguntas acima devem ser respondidas. O recolhimento de dados é essencial para o planejamento estratégico de qualquer indústria.

O rastreamento do ambiente é uma técnica que consiste em captar dados do local e, então, filtrar e organizar, de modo que sejam transformados em informações palpáveis e úteis. A organização de dados pode colaborar para construção de um cenário capaz de antecipar situações de risco e indicar oportunidades.

A aplicação inteligente do rastreamento é um dos maiores desafios para uma organização, segundo especialistas em gestão. É necessário entender como o ambiente externo muda, assim como os significados dessas mudanças para responder rapidamente às alterações de comportamento.

Praticar a inteligência de mercado, ou seja, procurar, analisar e realizar a aplicação de informações dentro da atuação do mercado, permite uma gestão mais eficiente, controle da distribuição e resultados positivos nos negócios. Além disso, é possível ampliar a base de clientes em novos mercados.

Como geomarketing pode ajudar a Indústria

Quando falamos em gestão da rede, obter conhecimento do público dos locais por meio do geomarketing é a chave para alcançar resultados. Quem nunca observou uma loja abrindo muito próxima e parecida com outra já existente, fechando logo em seguida? O estudo do local e a divisão eficiente de territórios são base para a prosperidade.

Tanto no Varejo como na Indústria é necessário ter segurança e ser assertivo na abertura, fechamento, reposicionamento e novas aquisições de estabelecimentos. Para as indústrias, por exemplo, traçar o perfil do público de uma região é essencial para garantir a distribuição eficiente, ou seja, rápida e com os produtos certos para determinado local. É um tiro no escuro deslocar um estoque se não existe demanda ou aderência a determinado local.  Ou seja, buscar fornecedores para abastecer todos os corredores de um supermercado, sem que haja ferramentas para auxiliar a equipe de compras a escolher os melhores prospects, não é uma tarefa fácil.

Em determinados casos, como para indústrias de bens de consumo duráveis, pode ser uma perda de dinheiro transportar e distribuir produtos de alto custo para diferentes pontos de venda sem que haja saída. Imagine um estoque de geladeiras empacado em um ponto de venda?

A inteligência geográfica pode ser explorada para ajudar a indústria nestas decisões e tornar o negócio mais lucrativo, gerando mais perspectivas e oportunidades.

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Geofusion Claudio Gonçalves
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