Embora nem sempre difundido nos setores varejista e de serviços, o conceito de futurologia – também chamado de “estudos de futuros” – tem bastante relação com tendências de mercado e formas de inovar nesses segmentos.
Essa é uma área que se desenvolveu logo após a Segunda Guerra Mundial, visando prever os principais efeitos de um possível conflito nuclear.
Hoje, suas aplicações incluem o entendimento de mudanças no comportamento de consumo das pessoas, o desenvolvimento de produtos e inclusive a antecipação de cenários, com base em acontecimentos na sociedade.
Para tal, são envolvidas diversas pesquisas científicas e análises de dados.
Mas de que se trata exatamente esse campo de investigação, e o que ele tem a ver com inteligência geográfica de mercado?
É sobre isso que falaremos neste post.
O que é futurologia?
Os estudos de futuros são realizados por especialistas que procuram antever cenários, considerando variáveis de diferentes disciplinas. São elas:
- Sociais;
- Tecnológicas;
- Econômicas;
- Ambientais;
- Políticas.
Em outras palavras, eles analisam aspectos que já ocorrem na sociedade hoje em dia ou em momentos do passado. A partir disso, identificam diferentes perspectivas para os próximos anos.
O desenvolvimento de novos recursos de trabalho – como a inteligência artificial e novos canais digitais -, as mudanças climáticas e os hábitos de diferentes gerações são apenas alguns dos temas que entram neste vasto campo.
Sendo assim, a futurologia permite que as empresas se preparem para eventuais riscos aos seus negócios, definam estratégias e inclusive desenvolvam produtos específicos para preferências que seu público-alvo ainda começará a ter.
Como a futurologia impacta os setores de varejo e serviços?
Quando se fala em observação de tendências, elas podem ser divididas em dois tipos: as de escala micro – que acontecem em curto prazo, como três a cinco anos – e as macro – que podem passar de uma década.
O primeiro caso ocorre com bastante frequência no universo têxtil, quando há predominância de determinados estilos de roupas, tecidos ou estampas, por exemplo.
Por outro lado, o segundo envolve fatores mais amplos, como a preocupação de propagar cada vez mais empresas e pessoas ao uso produtos de origem sustentável.
Esta é, portanto, uma situação na qual as companhias precisam considerar diversos fatores para ligar alertas, rever processos complexos, fazer investimentos de alto impacto e, ainda ,fazer uma previsão de vendas para que isso não afete sua saúde financeira.
Mesmo negócios que lidam com itens de consumo imediato – como no setor alimentício – existem mudanças importantes no comportamento de consumo de seus clientes que podem afetar suas unidades de maneira positiva ou negativa.
Isso vai desde fatores financeiros, como os impactos no poder de compra de parte da população, até questões culturais ou comportamentais, caso de consumidores veganos e vegetarianos.
O que o geomarketing tem a ver com isso?
Muitos aspectos comportamentais estão relacionados ao local onde as pessoas moram ou frequentam.
Por exemplo: alguns municípios possuem regiões específicas com maior concentração de universidades e demais unidades de ensino, como o Setor Leste Universitário de Goiânia (GO) e a Cidade Universitária de São Paulo (SP).
E o que isso significa? Primeiramente, que atrairão uma quantidade de estudantes interessados em morar próximos a esses lugares, gerando efeitos tanto no mercado imobiliário quanto no comércio do entorno.
Daí, portanto, surgem oportunidades para abertura de restaurantes, supermercados, farmácias, entre diversos outros tipos de estabelecimentos que visam atender a esse perfil de público.
Mas existem inúmeras outras formas de identificar esses “futuros possíveis”, seja a partir da dinâmica das cidades, seja da própria população.
Cidade Universitária, em São Paulo (SP)
Quais dados podem ser utilizados para esses cenários?
Algumas das informações geográficas que permitem compreender aspectos sociais em estudos de futurologia são, por exemplo, o aumento de moradores, imóveis ou mesmo renda média de determinada região.
Afinal, elas levam a questões como:
- Quais fatores tornam um lugar mais próspero?
- Por que as pessoas se mudam em massa para cidades específicas?
- O que o número de crianças ou idosos diz sobre esses locais?
Dados desse tipo indicam interesses, preferências ou perspectivas de populações e empresas para os próximos anos, como busca por qualidade de vida ou maior acesso a serviços e bens de consumo.
Algumas amostras são os aposentados que vão para o interior em busca de uma vida mais tranquila, profissionais que se mudam por melhores oportunidades de emprego ou famílias interessadas em lugares com maior custo-benefício.
Nesses casos, empresas de varejo e serviços podem utilizar a inteligência geográfica para compreender quais características tornam esses lugares atrativos a essas populações.
É a situação de verificar a quantidade de hospitais, escolas, comércios, e o quanto as pessoas estão dispostas a gastar com itens de alimentação, saúde, cuidados pessoais, entre outros.
A partir disso, você consegue realizar mapeamentos e identificar oportunidades para aumentar as vendas da sua empresa e potencializar resultados.
Municípios com mais de 100 mil habitantes que tiveram maior aumento populacional entre 2010 e 2022
Conclusão
O geomarketing é importante para fazer projeções a respeito de cenários futuros.
Assim, sua empresa consegue analisar mudanças locais, regionais ou mesmo nacionais, identificando aspectos como tendências de consumo, deslocamento, aumento, decréscimo e inclusive ascensão social de populações.
Desta forma, torna-se possível realizar um planejamento eficaz para alavancar negócios e ter assertividade seja em sua expansão, seja em distribuição de produtos, ou outras estratégias da sua empresa.
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