Aqui no blog sempre dizemos como técnicas de Geomarketing e apoio de mapas podem ser valiosos na gestão de um negócio.
Entre alguns colegas, há o receio de que isso os afaste da realidade. Por isso gosto sempre de lembrar que ir a campo é fundamental e sua equipe deve sempre visitar a região onde ficam os PDVs.
Recentemente, a Geofusion participou de uma reportagem do UOL sobre escolha do ponto comercial. Nós falamos sobre aspectos que impactam no desempenho de uma loja – e só podem ser percebidos em uma visita a campo, como:
Se tantas vezes repetimos como é importante observar uma região antes de posicionar uma loja, é claro que as mudanças nessa área afetam seus planos.
Uma obra iniciada na rua de trás pode ser um sinal de que, no futuro, haverá novos públicos na região. Ou a reforma de um concorrente pode servir de alerta para que você aprimore também a sua estrutura.
Com técnicas de Geomarketing, mesmo a quilômetros de distância, é possível traçar o perfil dos moradores de um determinado bairro, mas empreendimentos imobiliários que estão sendo implantados agora vão impactar esses números apenas nos anos seguintes. Você pode se preparar para este futuro.
Muitos negócios que se situam nos arredores de sua loja podem ser vistos como concorrentes, mas existem outros que, sem problema algum, poderiam compartilhar dos mesmos consumidores.
Um exemplo clássico de oportunidade de parceria são os hotéis, que hospedam muita gente que não conhece a região e, portanto, são mais suscetíveis às recomendações.
Assim como construções alteram a paisagem, o fluxo de pessoas se adapta de acordo com mudanças nas vias de tráfego e oferta de transporte público.
Veja, por exemplo, como a instalação de ciclovias alterou recentemente o fluxo de pessoas em algumas ruas de São Paulo.
A transferência de um ponto de ônibus de um quarteirão para o outro, a depender da quantidade de pessoas que fazem uso dele, é capaz de mudar completamente uma rua. A inclusão de uma nova linha de ônibus, por sua vez, pode trazer novos consumidores à sua porta. Perceber essas variações é importante para a gestão do varejo.
Certo, com um sistema de geomarketing você pode analisar em muitos detalhes uma determinada população, como:
Mas existem fatores comportamentais que são impossíveis de serem traduzidos em números. Como, por exemplo, a sorveteria da esquina que faz sucesso na hora do almoço. Como o parque do bairro que fica lotado de cachorros ao fim da tarde, etc.
Enfim, são movimentos subjetivos da população que podem gerar insights importantes – vou oferecer sorvetes na minha padaria? Vou permitir a entrada de cachorros na área externa de meu restaurante?
Sei que pode parecer muito otimista de minha parte, mas existem representantes do poder público que efetivamente dão ouvidos ao que cidadãos e empresários têm a dizer e podem ser grandes aliados na gestão de varejo.
É papel da administração municipal gerir os elementos mais fundamentais da cidade, como o lixo ou as faixas de trânsito. Por isso, ao caminhar pela rua, você pode encontrar demandas a serem levadas às autoridades.
Um pedido clássico: iluminação. Muitas vezes, quem anda de carro acaba nem percebendo como algumas vias são mal iluminadas. Se é o caso da sua rua, a visibilidade de sua loja pode estar bastante prejudicada.
Existem muitas maneiras de monitorar a concorrência (falamos mais sobre isso neste post). Investigar a expansão dela através de business intelligence é essencial.
Mas a situação da concorrência no dia a dia não pode ser obtida em reports estáticos. Ao andar pelo bairro, você consegue notar como estão aqueles com quem disputa diretamente o consumidor. Daí tirar informações sobre o mercado e, consequentemente, sobre seu próprio negócio.
Vamos supor que a sua loja em um determinado bairro está perdendo clientes, anda sempre vazia. Essa mesma situação está acontecendo com as lojas vizinhas? Se seu concorrente está em alta, é hora de rever a gestão e parar de culpar a crise, pois ainda há oportunidades a serem exploradas.