Aqui no blog gostamos sempre de ressaltar como é importante coletar o endereço dos consumidores. Afinal, esse é um dos principais insumos para a aplicação de técnicas de Geomarketing.
O mapeamento dos clientes pode te dizer muito sobre o perfil do consumidor de sua loja. Ou até mesmo revelar insights sobre a localização do público-alvo. E te ajudar a trazer novos clientes.
Mas nem sempre é fácil fazer o cliente esperar um pouco mais para responder a um questionário. É preciso elaborar benefícios que façam valer a pena os minutos investidos.
Existem algumas alternativas pensadas por quem se deparou com esse desafio. São técnicas de coleta de dados que podem servir para o seu negócio:
Após a compra de algum produto ou serviço, o cliente é convidado a dar sua opinião sobre o atendimento recebido.
Isso pode ser feito imediatamente após a compra, na loja, ou on-line, através de algum código que o identifique no ambiente digital.
Em restaurantes como Outback e Applebee’s, os frequentadores estão acostumados a receber recompensas pela opinião registrada.
Para as empresas é uma boa estratégia, já que além de informações pessoais, como endereço, telefone e e-mail, a pesquisa revela a opinião de quem mais importa.
É um canal aberto com cliente, praticamente uma consultoria gratuita do que pode e do que deve melhorar.
Para que o cliente passe receber benefícios ou tenha acesso a descontos especiais, ele tem que fazer um cadastro no programa de fidelidade, quando informa, entre outros dados, seu endereço.
Essa é uma tática especialmente efetiva para quem quer monitorar o comportamento de compra, promover os clientes mais assíduos ou mesmo identificar consumidores que tenham subitamente deixado de comparecer à loja.
Em datas comemorativas, como Dia dos Namorados ou Natal, muitas lojas realizam promoções pontuais. Quem nunca preencheu uma ficha para concorrer a um carro no fim de ano?
É uma ideia boa para a empresa que não tem como manter um sistema permanente de coleta. Os investimentos são pontuais.
Por outro lado, essa técnica de coleta de dados gera um banco altamente influenciado pela época do ano. Por isso vale a pena incluir na ficha um campo com a frequência de compra, que permita separar clientes recorrentes dos sazonais.
A tecnologia mobile abriu portas para outra técnica de coleta de dados.
Alguns estabelecimentos incentivam que os frequentadores façam “check-in” em algum aplicativo.
Assim, registram sua passagem na rede social, que, hoje em dia, pode revelar muita coisa sobre uma pessoa – e se não exatamente onde ele mora, pelo menos outros lugares que frequenta.
Outra possibilidade de rastreamento pelas mídias sociais são as hashtags – você certamente já se deparou com alguma campanha de incentivo a postagens de fotos ou mensagens com uma hashtag específica. Além de espalhar a marca pela rede, os posts podem ser utilizados para rastreamento geográfico.
Essa é uma alternativa complexa. Exige conhecimento em ferramentas sofisticadas e o processamento de grandes quantidades de informação. Algumas empresas especializadas em big data começaram recentemente a oferecer soluções desse tipo.
Por fim, existe a possibilidade de contratação de bancos de dados prontos, oferecidos por empresas como a Serasa Experian. Desta forma, o CPF é suficiente para que o endereço seja cadastrado.
É uma técnica simples, que demanda quase nada de trabalho interno. Por outro lado, não permite outras perguntas que deem mais detalhes sobre o perfil do consumidor.
Outro serviço da Serasa relacionado ao mapeamento de pessoas físicas é o Mosaic, muito útil para quem planeja segmentar o mercado. Fizemos um artigo sobre isso recentemente.
– Não é só o cliente que precisa ser motivado a fornecer seus dados. Também os funcionários podem ser premiados para as informações que coletar: com bonificações especiais ou mesmo algum sistema de pontos para folgas programadas, por exemplo.
– É importantíssimo que os funcionários responsáveis por coletar as informações do consumidor estejam bem treinados. Eles são representantes da empresa e têm que falar a “mesma língua” do consumidor, para que este fique à vontade e responda as questões.
– O momento da abordagem deve ser igualmente adequado. Ninguém quer ser interrompido no meio de uma refeição. Na maioria das vezes, é quando está saindo da loja ou em frente ao caixa que os consumidores se disponibilizam a responder ao questionário.
– O endereço deve ser coletado da forma correta, o que não é tão simples, já que existem muitas formas de se escrever o mesmo endereço. Os funcionários devem estar treinados para coletá-lo de forma padronizada, com logradouro, CEP e número. E atenção: não se esqueça do município! Pois existem muitas ruas com mesmo nome em cidades diferentes.
– Ao ser questionado, nem todo cliente dirá apenas coisas positivas. Por isso os funcionários devem estar preparados também para ouvir as críticas. E aproveite! São elas que darão a possibilidade de melhorar cada vez mais o serviço prestado.