Já parou para pensar há quanto tempo você faz pesquisa de mercado com as mesmíssimas técnicas?
Se faz pelo menos alguns anos, é sempre bom rever conceitos. Eu mesma constantemente me pergunto quais as novas práticas que posso adotar, e acredito que isso se repete em qualquer setor de atividade.
Por isso analisamos o que está sendo feito de mais avançado em inteligência de mercado e trouxemos práticas de grandes empresas do mundo que podem te servir de inspiração.
Para quem quer repensar estratégias, tanto para coleta como para análise de dados, não há nada melhor do que o exemplo bem-sucedido de quem já se aventurou por novas searas.
Ações em tempo real
Antes, qualquer ação de marketing demandava dias de pesquisa de mercado e análise de dados. Hoje, com novas possibilidades de monitoramento, elas entraram na era do real-time e podem responder a demandas instantâneas de consumidores específicos, ou mesmo a acontecimentos pontuais e espontâneos.
Não foi assim que a rede Giraffas viralizou poucas horas depois da recusa do McDonald’s ao convite do Burger King para uma ação conjunta?
Redes sociais não são virtuais
Foi-se o tempo em que as redes sociais eram consideradas à parte do mundo real (lembram do Second Life?). Quem interage no Facebook, Instagram, Snapchat e afins são as mesmas pessoas que frequentam um Shopping Center ou uma praça pública.
Desta forma, essas mídias se tornaram, além de um canal de comunicação entre marca e consumidores, uma fonte de informação riquíssima sobre comportamentos e tendências do público, que nenhum profissional de inteligência de mercado deveria subestimar.
O consumidor é mais que um número
Não seria uma pena, com tantos recursos de hoje em dia, se nos satisfizéssemos apenas com reports quantitativos e superficiais?
Faz sentido oferecer um desconto na churrascaria para alguém que no Facebook segue o site Vegan.com? A probabilidade de acerto é maior quanto mais informações você tem sobre seu público-alvo.
Mas não pense que fontes qualitativas para a inteligência de mercado se restringem a internet. Um exemplo: já ouviu falar do Mosaic? É uma solução de análise de dados desenvolvido pela Serasa Experian que segmenta consumidores em diversos países do mundo, inclusive no Brasil, a partir de informações que vão desde idade e faixa de renda até padrões comportamentais e estilos de vida.
O consumidor não fica parado
Há mais de cinco anos que no Brasil existem mais telefones celulares do que pessoas.
E você bem sabe que esses aparelhos são qualquer coisa menos um simples telefone, certo?
Imagine que recursos para a inteligência de mercado não surgem quando cada consumidor tem um GPS dentro do bolso. Não vem do nada o investimento de muitas grandes empresas no desenvolvimento de aplicativos mobile.
E se esses recursos podem parecer ainda muito distantes, outra possibilidade mais acessível são plataformas de Inteligência Geográfica de Mercado que permitem a visualização de diferentes cenários por meio de mapas.
Em uma ferramenta dessas, uma empresa consegue, por exemplo, traçar o provável caminho de um cliente a partir de seus endereços residencial e comercial, e, assim, recolher informações úteis ao funcionamento de uma operação – como em que momento do dia ele está mais perto da loja – ou mesmo planejar ações com maior assertividade.
Biometria não é coisa de Hollywood
Para quem lida com a análise de dados do mercado no dia-a-dia, algumas inovações podem parecer tão distantes quanto Hollywood, mas são poucos anos que nos separam das novidades mais avançadas.
Hoje em dia, se popularizam ferramentas na web que monitoram a navegação do visitante em um site e, com isso, fornecem respostas importantes às empresas. Elas permitem estudar, por exemplo, o comportamento de um cliente em potencial na rede, quais respostas ele dá aos estímulos digitais e o que chama a atenção dele, etc.
É, sem dúvida, um recurso poderoso. Mas o futuro nos reserva muito mais do que isso.
Câmeras de alta precisão, e mesmo as revolucionárias Imagens por Ressonância Magnética (IRM), permitem o estudo do comportamento do consumidor a partir de suas reações subjetivas. Há muitos pesquisadores estudando as reações subjetivas, nas expressões faciais ou mesmo dentro do cérebro, de clientes que se deparam em determinada situação.
É certo que as aplicações práticas para a inteligência de mercado de novidades como essa são restritas, até pelo custo de uma análise de dados tão complexa. Mas não se engane – lembre quão distante de nossa realidade também não era um telefone celular.