O GeoTrends Indústria reuniu mais de 100 profissionais do setor. O resultado foi um rico debate sobre os benefícios do geomarketing.
A manhã desta quinta-feira (16/06/2016) foi curta para tanto conhecimento sobre geomarketing. Realizamos a 2ª edição do GeoTrends, reunindo mais de 100 profissionais da Indústria para um rico debate sobre gestão de distribuição, força de vendas e trade marketing. No total, cinco palestras, incluindo cases da International Paper e Brasil Kirin, apresentaram o potencial dos mapas para o setor industrial.
O dia teve início com a palestra de Susana Figoli, nossa diretora de inteligência de mercado. Na apresentação, ela explicou sobre a importância de práticas de inteligência geográfica para a obtenção de resultados.
“A ferramenta mais importante para dar início a utilização eficiente do geomarketing é a inteligência humana. A inteligência geográfica está presente no mercado desde sempre. O diferencial atual é a existência de ferramentas que permitem a visualização espacial de dados, ou seja, as informações coletadas pela empresa podem ser colocadas e lidas em mapas”, explicou Susana.
E o OnMaps, a plataforma de geomarketing em nuvem aqui da Geofusion, não poderia ficar de fora da apresentação da diretora. Por meio de exemplos da plataforma de geomarketing, ela mostrou como dados sociodemográficos oficiais, aliados às bases de dados dos clientes, oferecem diversos tipos de análises de mercado, de acordo com as necessidades de cada negócio, resolvendo problemas e aprimorando processos.
Na sequência de apresentações, Daniele Esteves, da área de Marketing de Produto da Geofusion, e Weslei Poian, executivo de Marketing Services da Serasa Experian, abordaram a possibilidade de criar estratégias de vendas com assertividade, unindo bases cadastrais de empresas e mapas.
Os participantes puderam conhecer o Sales Lead Generation (SLG), funcionalidade do OnMaps que permite a localização de prospects. De acordo com Daniele, o SLG é uma ferramenta muito importante para empresas que se questionam sobre qual é o potencial total de seu mercado e como atingi-lo.
“Temos muitos dados, mas como é possível torna-los úteis para o negócio?”, questionou Weslei. Provavelmente, essa foi uma das perguntas mais importantes do dia e aquela que passou pelos pensamentos de todos os espectadores. “Não há uma resposta exata para a pergunta, mas existem processos de inteligência capazes de lapidar e cruzar as informações, para que elas sejam justificativas e base para realizar negociações de sucesso. E o geomarketing é uma delas”, completou o profissional da Serasa Experian.
Para finalizar a primeira parte do encontro, foi apresentado o novo produto da Geofusion, ainda em desenvolvimento, destinado à Indústria. O Bowee, como foi batizado temporariamente, consiste em uma nova forma de fazer análises, de maneira muito simplificada e direta. Para o desenvolvimento pleno do produto, a Geofusion aposta na colaboração dos clientes e busca desenvolvê-lo de forma conjunta.
A apresentação foi feita pelo gerente de Produto Alex Kobayashi, que convidou todos os presentes a também participarem do projeto User Research Lab, que conta com o feedback dos clientes para a construção coletiva dos novos produtos.
Para demonstrar como o OnMaps funciona, Laura Melaragno, representante da área de negócios da International Paper, falou sobre como a empresa pode atuar em conjunto com os seus distribuidores para a otimização de redes, melhora de resultados e ampliação na cobertura de estabelecimentos atendidos com seus produtos. “Começamos a usar a solução da Geofusion para entender a área de atuação dos distribuidores. Colocamos no mapa onde eles estão e onde podem ingressar”, relatou Laura.
De acordo com ela, nem todos os parceiros da International Paper conheciam o conceito de geomarketing e, para começar com o projeto com inteligência geográfica, foi importante apresentar as possiblidades e resultados que seriam atingíveis com a prática.
No GeoTrends, foi apresentado um exemplo de cliente da companhia que desejava abrir um novo centro de distribuição no Sul do Brasil, mas não tinha informações precisas sobre como escolher o local. Neste caso, a International Paper operou como uma consultoria.
Segundo Laura, foram levantadas informações sociodemográficas da região e imputados dados com fatores de influência importantes para a empresa, como presença de prospects, renda média e PEA Dia. O resultado final foi um relatório para o parceiro, com a indicação de possíveis locais para a abertura de um novo centro, sendo que um deles foi escolhido como ponto ideal para o novo negócio.
A Brasil Kirin também falou como utiliza o OnMaps para obter melhores resultados e atingir o potencial máximo de vendas. Na última palestra do dia, Maurício Callado, executivo da área de Inteligência de Mercado da companhia, explicou que o primeiro passo é levantar os problemas a serem resolvidos. Para isso, analisa os dados da empresa, que são atualizados frequentemente no OnMaps. “Então, é possível entender os locais onde as vendas não estão indo muito bem ou há potencial de mercado não explorado”, disse Callado.
Outra iniciativa da Brasil Kirin foi a criação de uma persona para a cerveja Schin. Com essas informações na plataforma, foi realizado um cruzamento de dados com o Mosaic, recurso disponibilizado também pelo Serasa Experian, que separa milhões de brasileiros em 11 grupos e 40 segmentos. Essas informações permitiram qualificar a área de cada ponto de venda (PDVs sem presença Schin e com atuação da concorrência) e selecionar apenas aqueles localizados em áreas que continham segmentos do Mosaic compatíveis à persona da marca de cerveja.
No case, também foi apresentada a identificação um pequeno decréscimo do share de mercado de uma região da cidade de Porto Alegre. Para a resolução do problema, foi feito um estudo apresentando as informações citadas. De acordo com Maurício, após três meses de testes e ações específicas na região, mais de 80% das oportunidades mapeadas foram ativadas para os produtos que apresentavam desempenho abaixo do esperado.
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