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Inteligência de dados: entenda por que utilizar na pandemia

O uso de inteligência de dados geográficos para solução de questões complexas é cada vez mais necessário nas organizações. Veja como isso funciona.


Ter fácil acesso a informações confiáveis com uso de inteligência de dados é cada vez mais imprescindível para qualquer organização, especialmente quando lida com fenômenos sociais.

O comportamento humano não é fácil de prever e, nas últimas semanas, a importância disso se mostrou crucial.

Acompanhar os acontecimentos sobre a Covid-19 tem sido, provavelmente, a principal tarefa norteadora de decisões das empresas recentemente.

Afinal, os números mudam todos os dias, definindo cenários e caminhos a serem traçados, independentemente do setor de atuação. Quando as lojas serão reabertas? É necessário alterar a rotina dos profissionais?

Essas são apenas parte das perguntas que surgem durante um planejamento em meio à pandemia. E, nesses casos, precisão e agilidade são fatores determinantes para tomar boas ações.

Analisando escalas em inteligência de dados geográficos

Já não é mais novidade que os casos do novo coronavírus começaram em Wuhan, na China, e então foram transmitidos para o restante do mundo.

O local logo se transformou no epicentro das infecções. Mas, à medida que o tempo passou, o foco também foi para outros países.

Ainda que, em geral, os noticiários deem destaque a essas variações a nível internacional, escalas menores também são importantes de serem acompanhadas. Até porque é pela proximidade que se avalia o aumento ou diminuição de risco para alguém.

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Número de casos de Covid-19 por Estado em 22/05/2020. Dado extraído com exclusividade pelo OnMaps.

Por conta disso, diversas organizações que trabalham com inteligência de dados criaram cartografias para ajudar a monitorar os casos. E a Geofusion também foi à frente nisso.

Atualmente, muitos de nossos clientes têm acesso a um software na nuvem, o OnMaps, por onde conseguem visualizar ou importar dados de mercado e sociodemografia.

Apenas entre os que já disponibilizamos, constam informações de mais de 250 fontes diferentes, tanto públicas quanto privadas.

Com a chegada da Covid-19 ao Brasil, entendemos a necessidade também de acompanhar a evolução dos casos para posicionar a empresa e saber que atitude tomar em relação aos colaboradores. E foi assim que criamos uma camada exclusiva para isso.

Filtrando informações

No OnMaps, uma camada é uma funcionalidade que contém determinada quantidade de dados passíveis de serem filtrados.

Por exemplo, quando um usuário utiliza a camada de municípios, a ferramenta delimita para ele todos os correspondentes no Brasil. Caso esteja analisando uma região específica dentro de um único Estado, ele pode filtrar apenas o território em questão.

Este é apenas um exemplo de filtragem possível dentro do mapa digital. Isso acontece porque o sistema processa os dados das instituições e os representa de forma simplificada.

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Com a camada que criamos para acompanhamento da Covid-19, torna-se possível verificar diariamente a quantidade de casos por milhão de habitantes. Essa análise é disponível tanto em nível de município quanto de estado.

Como utilizar a nova camada

A tarefa de monitorar os casos de transmissão do novo coronavírus é complexa. Isso porque, afinal, o número muda todos os dias, com deslocamentos também nos epicentros de transmissão.

Empresas que atuam em diversas localidades, como indústrias que atendem pontos de venda em diferentes cidades, têm grande dificuldade em gerir essas informações.

Imagine, por exemplo, uma fábrica de leite que atue no Rio de Janeiro nos cinco municípios que mais consomem este tipo de produto. Respectivamente, a capital, seguida por São Gonçalo, Duque de Caxias, Niterói e Nova Iguaçu.

A distribuição ficaria concentrada nessas regiões:

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Entretanto, a transmissibilidade em cada município ocorre de forma diferente. Filtrando pelo número de casos confirmados com a utilização da camada da Covid-19, isso fica ainda mais perceptível:

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Proporção conforme densidade demográfica. Em vermelho, onde a quantidade é maior; em laranja, regiões com números menos alarmantes; em amarelo, menor quantidade de casos.

Nota-se que, na capital, a quantidade de casos é bem maior que no restante, e que há números significativos também em Nova Iguaçu e Duque de Caxias.

São Gonçalo e Niterói, situados à direita no mapa, possuem números ligeiramente menores, embora ainda assim importantes de serem acompanhados.

Comparando as duas informações, é possível perceber que São Gonçalo é o segundo maior potencial consumidor de leite, e com número menos significativo de casos.

Seria o caso de concentrar ações na região? Ou o Rio de Janeiro, justamente por ser o mais afetado, deveria ser prioridade? Tudo depende da estratégia que a empresa pretende traçar.

Neste caso, convém comparar os dados com a base interna a respeito do comportamento dos consumidores nas últimas semanas.

Além disso, o nível de isolamento social seguido pelas populações, as medidas recomendadas pelas principais organizações de saúde e as dos governos também são informações necessárias de serem cruzadas com frequência.

Justamente por isso, o sistema do OnMaps é programado para que esses casos sejam atualizados diariamente. Assim, os usuários conseguem estar sempre à frente em suas análises e planejamos em meio à pandemia.

Você sabia?

A utilização de informações em recursos cartográficos para compreender questões sanitárias não é de hoje. Inclusive, o que se entende como inteligência geográfica começou justamente com uma situação semelhante, um século e meio atrás.

Foi em 1854, em Londres, que um médico chamado John Snow decidiu investigar um surto de cólera na região de Soho. O número de infectados e óbitos se proliferava, e a crença corrente era de que a manifestação ocorria pelo ar.

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Sohos, Londres.

Snow então mapeou onde ficavam os casos e descobriu que eles estavam relacionados a um poço em Broad Street. A área era muito suja, devido ao despejo de dejetos, e por isso se tentava sanear a região, conectando todas as casas pelo sistema de esgoto.

Ao descobrir que as pessoas contaminadas utilizavam a água do poço, Snow descobriu que, afinal, ela era, literalmente, a fonte dos problemas. A descoberta fez as autoridades locais mudarem as medidas sanitárias na região e acabar com a epidemia.

Com o tempo, esse tipo de análise se tornou cada vez mais difundido. Hoje, além do OnMaps, a cartografia está presente no cotidiano de muita gente. Seja no uso de aplicativos de geolocalização, seja para elaboração de estratégias empresariais.

Acima, contamos sobre apenas um dos variados usos que podem ser feitos desse tipo de análise. Quer saber mais a respeito? Veja este nosso material exclusivo:

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