Soluções para clínicas: os diferenciais da análise de mercado para o setor

O setor de saúde investe constantemente em pesquisa e desenvolvimento, visando encontrar soluções para clínicas e hospitais do ponto de vista laboratorial, como diagnósticos, automação, entre outros.

Entretanto, nem sempre é óbvio para as operadoras do segmento a importância de direcionar recursos também para análise de mercado quando se trata de expandir suas unidades.

Além de reduzir – e muito – o risco de direcionar uma série de equipamentos e mão-de-obra para locais onde os resultados não terão o máximo de resultados que poderia, esse tipo de estudo também auxilia no aumento da eficiência dos processos em diversos aspectos.

Abaixo, nós contamos sobre a diferença que existe entre inferências comuns e estudos mercadológicos amparados, especialmente quando associados a fatores geográficos.

Soluções para clínicas: oportunidades no cenário atual

De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, o mercado de saúde no Brasil movimenta R$ 650 bilhões ao ano.

Deste número, R$ 370 bilhões são no setor privado, correspondendo a 56,9% do consumo desses serviços.

A análise aponta ainda que os planos de saúde correspondem a 80,9% das fontes de receita do setor, sendo o restante referente a particulares, com 13,2%, e ao Sistema Único de Saúde (SUS), equivalente a 5,9%.

Ou seja, mesmo havendo amplo acesso por meio do setor público, é bastante expressivo o consumo do brasileiro neste segmento por meio da saúde suplementar.

Isso constitui, portanto, um cenário bastante oportuno para operadoras que queiram aumentar sua participação neste mercado, diversificar o público de atendimento e estar cada vez mais presente no dia a dia da população.

Mas, para isso, diversos desafios surgem quando se trata de planejar e executar um plano de expansão para redes de clínicas ou hospitais.

Dados: muito além dos indicadores de sempre

Quando se trata de estudar indicadores para qualquer tipo de planejamento, é comum pensar primeiramente nos financeiros. São alguns deles:

• Faturamento da unidade
• Taxa de sinistralidade
• Retorno sobre investimento

Isso levando em consideração apenas algumas das métricas mais utilizadas em qualquer tomada de decisão. Mas, para abertura de um estabelecimento de saúde, apenas essa análise se torna bastante insuficiente.

Afinal, informações como essas auxiliam no diagnóstico de uma empresa e, por mais que possam ser utilizadas para atitudes de curto, médio ou longo prazo, também podem impulsionar a adoção de práticas precipitadas.

Do ponto de vista do planejamento, é o caso de quando o baixo custo de um local soa como uma grande solução para clínicas que queiram expandir.

Ou, então, quando a escolha de um espaço ocorre basicamente pelo fato de estar próximo do metrô ou de meios de transporte em geral. Ainda que esses fatores referentes ao acesso sejam importantes, eles estão longe de serem os únicos.

Com exceção de determinados modelos de estabelecimentos, o que se espera é que um espaço permaneça no mesmo lugar por vários anos – principalmente os sanitários, os quais, dependendo do porte e estrutura, possuem demandas específicas complexas.

Os pacientes e servidores precisam ter a segurança de que conseguirão ter seus exames e eventuais tratamentos acontecendo com regularidade, independentemente disso ser uma rotina de apenas algumas semanas, meses ou mais.

Por esses motivos, abrir uma unidade para qualquer rede de saúde sob influência de anseios momentâneos ou premissas vagas gera um alto risco de incidência de resultados negativos.

Levando esses aspectos em consideração, portanto, é inevitável falar do quanto a geografia é importante no que se refere à busca por melhores soluções para clínicas que pensam em expandir.

Neste sentido, convém pensar na localidade como algo que vai muito além de um ponto, pois ela se relaciona com tudo o que está no entorno: as pessoas, outros estabelecimentos, vias de chegada e saída, e assim por diante.

Fator geográfico: o que esperar do futuro

Da mesma forma que os colaboradores, pacientes e concorrentes vão olhar para a sua unidade, é necessário colocar na balança os pesos das oportunidades e ameaças que envolvem mais do que os elementos internamente controláveis.

Quer um exemplo? A faixa etária da população é um fator de grande relevância. Isso não apenas no que se refere a especialidades médicas focadas em determinados públicos – como os pediatras -, mas também para saber a quem atender daqui alguns anos.

É o caso de se pensar no envelhecimento da população. Em muitas cidades, parte bastante significativa dos habitantes compõem um recorte de idade o qual, ainda que não seja idoso, acabará se tornando em uma ou duas décadas.

E quais os planos dessas pessoas para o futuro?

Não é novidade que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com qualidade de vida. Isso envolve maior atenção à própria saúde, realizando exames e diagnósticos, mas também cuidados preventivos.

Em outras palavras, acesso a áreas de lazer, atividades físicas, menos exposição ao estresse, como trânsito e espaços muito densos, além do custo-benefício se alçar ao topo dos critérios na busca pela moradia.

Ou seja, para entender onde alocar uma clínica com intenção de mantê-la por vários anos, convém conhecer também a dinâmica populacional, os fluxos migratórios, os planos e expectativas das pessoas, isso sem falar nas tendências de mercado.

Para isso, é necessário um acompanhamento constante de dados precisos e profundos, e que vão muito além dos que estão disponíveis na base interna da própria empresa.

Contudo, embora entender as relações entre as pessoas, o mercado e os territórios para mapear oportunidades seja uma tarefa complexa, quando bem realizada e com os recursos certos, fica bem simples.

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