Poder de compra no Brasil: por que estudar variáveis geográficas
Entenda de que forma as variações geográficas do poder de compra no Brasil gera efeitos no consumo da população e nas empresas. Acesse!
Saiba como métodos de produção baseados na automação do trabalho, inteligência artificial e de dados moldam o conceito da Indústria 4.0.
As práticas e rotinas industriais mudam a um ritmo sem precedentes. A manufatura avançada, apesar de ser um conceito distante para muitas pessoas, modifica a qualidade dos produtos, o modo de produção e até as relações de trabalho. A Indústria 4.0 no Brasil, por outro lado, é adotada a passos mais lentos.
Neste artigo, você vai entender o que é Indústria 4.0, quais as perspectivas de crescimento dessa tendência, como o padrão global se encontra atualmente e quais as oportunidades que podem ajudar sua empresa a ganhar competitividade no mercado.
Confira!
O desenvolvimento das tecnologias digitais propiciou a criação de novos métodos de produção nas indústrias globais baseados na automação do trabalho, robótica, inteligência artificial, internet das coisas e inteligência de dados, dentre outras inovações.
A utilização dessas tecnologias no contexto industrial, coordenadas de modo a conferir competitividade ao negócio, otimizar a eficiência da cadeia produtiva, adicionar valor ao produto, racionalizar o uso dos recursos e customizar as soluções tecnológicas é chamada de Indústria 4.0 — também conhecida como manufatura avançada ou Quarta Revolução Industrial.
O conceito é associado às revoluções industriais que introduziram inovações como a produção de alimentos em larga escala e as máquinas a vapor nos séculos passados. A diferença é o ritmo de adoção: antes, eram necessárias décadas ou séculos até que uma tecnologia se tornasse padrão nas indústrias. Hoje, em poucos anos, uma tendência vira regra.
As principais tecnologias que integram a Indústria 4,0 são:
As constantes mudanças no setor industrial são características de um mundo movido à inovação. Diante disso, cabe falarmos sobre a importância do conceito de indústria 4.0, das mudanças associadas e do impacto desse novo paradigma nas empresas.
Um dos pontos é a sustentabilidade no mercado. Para continuar inovando e crescendo, de modo a se firmar no mercado e manter uma boa reputação, as empresas devem investir em tecnologia e em pilares da indústria 4.0. Assim, poderão se adaptar e competir com outras companhias de forma similar.
Essas são as regras do jogo criadas pelas próprias tecnologias. Elas definem a competitividade e separam as empresas bem-sucedidas e adaptadas das obsoletas.
Outro ponto é a redução de custos. Vale sempre destacar essa questão, pois a implementação de novas tecnologias agrega economia e eficiência na produção.
Menos tempo para tarefas operacionais, automação, menos erros, menos carga de trabalho sobre os colaboradores e menos transtornos implicam em menos despesas.
No geral, as empresas crescem e amadurecem no mercado enquanto diminuem os gastos, mantendo-se fortes e consistentes.
A indústria 4.0 também aumentou o poder de personalização das empresas hoje. Assim, é possível atender a um número cada vez maior de clientes, com demandas variadas, com o objetivo de fidelizá-los e gerar valor contínuo.
As tecnologias permitem entender completamente o perfil do cliente, o escopo de seu trabalho e as nuances envolvendo os clientes deles.
Outro ponto é o menor time to market, métrica familiar para empresas que criam produtos ativamente. É possível desenvolver um processo mais fluido, mais eficiente e menos imprevisível, de modo a diminuir o tempo de produção e de lançamento. Isso está associado a melhoria global na qualidade dos produtos.
É viável também acompanhar métricas e formas de mensuração que ajudam no controle da qualidade e da consistência desses itens produzidos em todas as etapas.
Em suma, as tecnologias 4.0 favorecem a especialização do trabalho das empresas, com melhores mecanismos para gerar eficiência, precisão e agilidade.
Por outro lado, a indústria 4.0 também gera um impacto enorme na gestão. Os líderes contarão com dados saudáveis e limpos para ajudar na tomada de decisão em todos os pontos. Com dados mapeados e tratados, por sistemas que buscam identificar padrões e tendências, é viável reduzir a fricção e agilizar as decisões, com menos erros.
Decisões essas relacionadas à expansão da empresa, novos produtos, novas oportunidades ou até mesmo novas formas de agradar e atrair os clientes. Tudo isso com maior probabilidade de acerto.
O termo indústria 4.0 é novo no mundo inteiro, especialmente no Brasil. Contudo, podemos perceber uma variedade grande de setores envolvidos nesse fenômeno.
Um dos mais fáceis de lembrar é a linha de montagem. É um setor marcado pela inovação, digitalização e presença de máquinas robóticas que auxiliam na produtividade. Além disso, conta com sensores que geram dados para análise posterior e também simulações inteligentes.
Outro tipo de indústria 4.0 atualmente é a mineradora. Nesse segmento, temos a introdução de máquinas automáticas, dados que ajudam a otimizar o funcionamento e a gestão de automóveis, controle remoto de escavadeiras e integração de sistemas no ambiente produtivo.
Até mesmo no setor de cosméticos temos iniciativas interessantes do ponto de vista da industrialização 4.0. Iluminação inteligente e impressão 3D são exemplos de novos recursos que geram um impacto grande na produtividade e na precisão nas atividades.
Mundialmente, o termo surge no começo da década de 2010, na Alemanha. No Brasil, a partir de 2013, aproximadamente, começamos a ver os primeiros avanços em direção a essa nova revolução.
Contudo, vale destacar: as tecnologias que compõem o quadro da indústria 4.0 já vêm sendo desenvolvidas aos poucos no Brasil desde o começo da década de 2000.
Com o boom da internet no país, novos horizontes se abriram para o uso de dados também, o que gerou demanda para sistemas analíticos.
A partir de 2013, entretanto, vemos um esforço coordenado com o objetivo de tornar realidade a concretização da indústria 4.0 em todos os setores possíveis. Isso visando alcançar o último estágio da transformação digital.
Esse esforço ganhou até mesmo o apoio governamental, com um projeto que busca organizar e incentivar a indústria 4.0 no nosso país.
De acordo com um estudo da escola de negócios IMD junto a empresas de supply chain na Europa, os cinco principais fatores críticos para o bom desempenho dos negócios até 2020 são elementos tradicionais, como estratégia e integração, vendas e operações, agilidade, eficiência e gestão.
A partir de 2020, no entanto, as perspectivas mudam. Inteligência de dados, digitalização da cooperação entre fornecedores e parceiros, Internet das Coisas e Inteligência Artificial passam a ser as prioridades das empresas do segmento.
Apesar da reconhecida relevância das inovações acima para o sucesso dos negócios, o estudo aponta que a implementação da Indústria 4.0 encontra dificuldades. Em países como Coreia do Sul, EUA, Israel e Alemanha, habituados a tecnologias de ponta, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) estima em 15% o total de empresas que adotam a manufatura avançada.
De acordo com a associação, o total de empresas no Brasil que adotam as tecnologias da Indústria 4.0 é de apenas 2%. Para que as empresas do país cheguem ao patamar competitivo dos negócios de outros mercados, é necessário pelo menos uma década de esforço contínuo.
Podemos mencionar as seguintes dimensões prioritárias para a adoção da Indústria 4.0 no Brasil.
Essas dimensões incluem tanto fatores internos quanto externos. Para a Confederação, favorável a uma ampla agenda de reformas públicas, ainda há desafios quanto ao ambiente de negócios no Brasil. Mas as empresas não pretendem esperar para buscar a inserção no contexto global da Indústria 4.0.
A adoção das inovações, embora essencial para se diferenciar no mercado e, no futuro, manter a competitividade, não é apenas uma questão de força de vontade. Além do investimento, é necessário haver mudanças severas no modo de produção e na cultura da empresa.
O professor e pesquisador do IMD, Ralf Seifert, propõe uma abordagem a partir de três passos, focados na seleção, justificativa e alavancagem das tecnologias digitais nas empresas.
A grande quantidade de tecnologias disponíveis para adoção é tão problemática quanto a falta delas. A escolha deve levar em conta fatores internos e externos que ditam as forças competitivas das empresas.
Por exemplo, o Big Data (inteligência de dados) pode ser utilizado para prever e entender o comportamento dos consumidores; a colaboração em nuvem pode eliminar gargalos no trabalho entre fornecedores e clientes B2B; a impressão 3D tem uma ampla variedade de usos, como a criação de modelos físicos e até de próteses para humanos.
Assim que você conseguir identificar como a tecnologia pode melhorar e transformar os processos dentro e fora da sua empresa, é hora de dar o segundo passo.
Qualquer adoção tecnológica não é isenta de riscos. Portanto, é necessária uma justificativa econômica que vá além do tradicional retorno sobre investimentos (ROI).
Empresas que implementam as tecnologias da Indústria 4.0 antes das outras correm um risco maior, mas podem se tornar líderes de mercado e estabelecer um padrão de inovação para os demais negócios no futuro. Trata-se de um investimento estratégico que pode redefinir o futuro da companhia e seu posicionamento.
Quando as tecnologias são implementadas por demandas internas — melhoria de processos, desenvolvimento de novos produtos ou satisfação dos clientes — o trauma é menor. Quando se dá por uma imposição externa do mercado, a complexidade aumenta junto com os riscos.
O elemento essencial que deve ser considerado nessa etapa como argumento econômico é o ganho em escala. Para medir esse ganho, as empresas podem fazer projetos-piloto em ambientes controlados e, à medida em que a solução demonstra eficiência, expandir para toda a empresa.
A eficiência pode ser um argumento forte, mas pode não ser suficiente para derrubar as resistências das pessoas dentro da organização. Falta de engajamento dos funcionários, ceticismo e medo podem colocar o projeto a perder.
Outros elementos importantes são a escassez de mão de obra capacitada a trabalhar com soluções da Indústria 4.0 e a preocupação com questões de cibersegurança. Já houve ataques virtuais sérios contra indústrias e essa não é uma possibilidade a ser descartada.
Para superar essas barreiras, os dois passos anteriores precisam ser consistentes. O processo de adoção pode ser lento e passivo, mas se for constante, tende a ser bem-sucedido.
A seguir, vamos explicar os pilares e as tecnologias cruciais para desenvolver e cultivar a indústria 4.0 no Brasil.
A principal expressão hoje, sem dúvidas, é o Big Data. Contudo, o Big Data em si não é uma tecnologia, mas sim um conceito-chave, que abriga em seu leque diversos outros.
É um termo para representar o dilúvio de dados gerados a cada dia nos sistemas internos e externos atualmente.
Esses dados são produzidos sempre em larga escala, em tempo real e sem uma estrutura definida. Além disso, apresentam potencial para ajudar nas decisões da empresa. Assim, demandam uma série de ferramentas analíticas capazes de processar e entender o que eles têm a dizer.
Com esse processamento inteligente, temos um conjunto de dados que viram insights para tomada de decisão estratégica e eficiente.
Chamamos de inteligência artificial a subárea da computação que estuda mecanismos para desenvolver inteligência em uma máquina. Basicamente, estuda formas de fazer os sistemas automatizarem tarefas humanas, com agilidade e precisão.
A IA hoje está intimamente ligada ao Big Data, uma vez que é usada como uma força de trabalho para processar as massas de dados e gerar valor. A IA tenta identificar padrões, tendências, caminhos e correlações nesses dados, de modo a sugerir insights escondidos e dicas interessantes para ajudar nas decisões.
A diferença básica para o Big Data é que: quando falamos em IA, estamos falando das técnicas, dos algoritmos usados para preparar uma máquina para processar os dados, e não dos dados em si.
A computação em nuvem (cloud) se destaca também como um fundamento para as tecnologias que já mencionamos. Trata-se da arquitetura flexível que possibilita o armazenamento de dados e o processamento deles em larga escala.
É uma tecnologia que envolve a virtualização de recursos computacionais, como um processador ou disco de armazenamento. Assim, esses elementos ficam disponíveis para clientes via internet, de forma remota.
Isso possibilita que os clientes consigam apenas contratar recursos de computação, em vez de comprá-los de fato. A cloud oferece então maior flexibilidade, segurança, capacidade de desempenho e outros benefícios cruciais para a indústria 4.0 no Brasil.
Outra tecnologia importante é a internet das coisas. Trata-se de uma rede de sensores conectados via internet para gerar dados que possibilitam o monitoramento de objetos. Assim, eles produzem informações para povoar o Big Data, que, por sua vez, será processado por algoritmos de IA.
O assunto indústria 4.0 no Brasil é extremamente amplo. Por isso, podemos continuar mencionando mais exemplos para ilustrar como o tema está ganhando força ultimamente.
Entre as aplicações práticas do que se pode fazer com as tecnologias que mencionamos, está:
A indústria 4.0 no Brasil segue crescendo e evoluindo a cada dia, espelhando o crescimento no mundo inteiro. O prognóstico é que continuemos observando mais tendências surgirem e empresas bem-sucedidas na implantação de modelos de industrialização digital em todos os setores.
Como vimos, essa adequação traz produtividade, redução de custos e eficiência. Observam-se efeitos positivos em diversos âmbitos.
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