O ano está acabando. O sol volta a aparecer no hemisfério sul do globo com as primeiras semanas da primavera e os carros preparam o combustível para lotar as rodovias em direção ao litoral. O Dia das Crianças está chegando.
Trata-se de uma data comemorativa cujos impactos são sentidos mesmo por muitas pessoas que não têm filhos, ou em segmentos que não lidam diretamente com este público.
Afinal, além de ser feriado, em alguns anos chega a ser emenda e motivo para revisão de planos.
Mas 2020 é um ano atípico. A pandemia do novo coronavírus fez com que muitas varejistas fechassem as portas e, em uma época em que já se estaria finalizando os trabalhos, eles ainda estão apenas começando em meio à retomada da economia.
O que esperar neste cenário, no qual as pessoas estão se recuperando financeiramente após meses de desemprego, e tomando fôlego durante a flexibilização da quarentena?
Apesar de todo um tempo dedicado apenas ao consumo de bens considerados essenciais, há oportunidades passíveis de serem aproveitadas. Afinal, 2020 não acabou. E com inteligência, é possível transformar a realidade ainda neste ano.
Em estudo realizado utilizando a plataforma Google Trends, a agência digital GhFly identificou um aumento na busca pelo termo “Lojas de brinquedos” desde o início da pandemia no Brasil, em março, tendência que se manteve ao menos até agosto.
A expectativa é de que, com a aproximação do Dia das Crianças, essa demanda aumente.
De acordo com dados divulgados em reportagem realizada pelo portal Extra, a Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) obteve crescimento de 3% no faturamento deste ano, quando comparado a 2019.
A cobertura realizada pelo veículo mostra ainda que as indústrias do País já preparam os estoques e esperam retorno positivo para este ano.
Isso porque, com a alta do dólar, torna-se desestimulante a compra de brinquedos importados. Consequentemente, o mercado nacional sai como beneficiário deste contexto.
Além dos brinquedos, também de acordo com a análise da GhFly, é possível haver aumento na compra de comidas e bebidas, comportamento já observado em datas comemorativas e que se intensificou durante 2020.
Levando isso em consideração, percebe-se que essas movimentações são pertinentes para empresas varejistas além das pertencentes a segmentos que produzem exclusivamente para o público infantil.
Isso porque surgem oportunidades para que as outras também avaliem seu mix de produtos e os aloque de modo a extrair o maior potencial para vendas sazonais.
Com inteligência geográfica, é bastante simples identificar onde se concentra a fatia do público com as características ideais para aquela ocasião, e assim elaborar ações efetivas.
Isso porque, utilizando soluções como o OnMaps, ferramenta desenvolvida por nós, da Geofusion, ou mesmo com consultoria personalizada, é possível acessar informações de mercado, território e sociodemografia de centenas de fontes confiáveis, para realizar análises.
Uma das principais formas utilizadas pelas empresas dos mais diversos segmentos para saber onde direcionar seus produtos, entre várias outras estratégias, é por meio da estimativa do potencial de consumo local para ele.
Imaginemos uma loja de departamento que esteja presente principalmente em São Paulo, cujo foco esteja em atender a diferentes necessidades das famílias do entorno de suas unidades.
Ou seja, de cama, mesa e banho a roupas básicas, DVDs, acessórios e brinquedos. Ainda que seu público seja majoritariamente adulto, é possível dizer que há opções para todas as faixas etárias.
Mas, ainda assim, as populações de diferentes locais não costumam gastar a mesma quantia, ou estar disposta a pagar o mesmo preço que outras em determinadas categorias de produtos.
E justamente para isso que o Potencial de Consumo ajuda a separar o feijão do arroz. Dê uma olhada na imagem abaixo:
Dos tons mais esverdeados às cores mais quentes, fizemos uma filtragem para identificar quais são as microáreas paulistanas com mais intenção de gastos com brinquedos e jogos.
Escolhemos esta geometria em específico pelo fato dela considerar as barreiras geográficas que fazem parte de um território, como rios e rodovias, as quais consequentemente impactam no deslocamento do público até a unidade.
Isso porque, considerando os cuidados necessários durante a retomada da economia, é de se supôr que as pessoas estejam menos dispostas a ultrapassar grandes obstáculos para comprarem um produto.
Num primeiro momento, chama atenção o potencial das regiões pintadas em verde, que correspondem, respectivamente, a Pompeia, Santana, Morumbi, Higienópolis, Vila Prudente, Campo Grande, Vila Diva, Jardim Brasil, Ipiranga e José Bonifácio.
Mas será que todos esses locais são iguais, ou pertinentes para as estratégias dessa loja de departamento? Até agora, tivemos apenas uma resposta, mas outras dúvidas logo surgem.
Podemos considerar que, com dados internos e estudos de mercado a respeito do comportamento de consumo de seu público-alvo, o profissional incubido dessa análise saiba haver prevalência nas classes C1 e C2.
Em outras palavras, são as populações cuja renda média domiciliar fica entre as faixas de R$ 1,2 mil e R$ 4,5 mil por mês.
Sendo o objetivo de seu planejamento organizar o mix de produtos em conformidade com o Dia das Crianças, convém a ele também manter o foco nas idade entre 0 e 14 anos.
Com a flexibilidade do OnMaps, obter essa informação é tão simples quanto a do Potencial de Consumo. Neste caso, mantivemos o mapa anterior, mas queríamos que indicasse apenas o nome dos locais onde haveria predominância da população em específico.
Foi exatamente isso que obtivemos:
A diferença é evidente. Parada de Taipas, Tremembé, Parque Santa Amélia, Itaim Paulista, Vila Nancy, Cidade Tiradentes, Parque do Carmo, São Rafael, Cupecê, Cocaia, Jardim Zilda, Grajaú, Vila Gilda e Parque Fernanda são os que se destacam desta vez.
Por que isso acontece? Alguns fatores podem ajudar a explicar, como a alta renda média dos domicílios dos bairros destacados na primeira análise, o que eleva o potencial de consumo, ou mesmo a maior quantidade de crianças nas áreas do segundo estudo.
Isso mostra, inclusive, as grandes oportunidades existentes em periferias e comércios locais, as quais muitas vezes são passíveis de serem encontradas apenas se observadas com um olhar aprofundado da região – que, diga-se, é o que o OnMaps faz de melhor.
Ainda assim, como é possível tomar uma decisão a partir de informações tão diferentes? Uma opção bastante viável para isso é a importação da base de dados com os endereços das unidades da loja de departamento.
Assim, o profissional consegue identificar a proximidade dessas microáreas, avaliar as dificuldades de deslocamento e até mesmo traçar uma área de influência do estabelecimento em questão para saber onde priorizar seus esforços.
Havendo estabelecimentos próximos dos territórios potenciais apontados por ambos os mapas, as soluções acabam indo além das vendas sazonais e podendo aumentar continuamente as vendas na mesma loja — conhecido também como same store sales.
Isso porque as primeiras microáreas observadas podem ser interessantes para maior direcionamento de produtos de linhas cujos preços são mais altos, por exemplo. Mas para produtos infantis voltados à classe C, talvez nem tanto.
Por falar em deslocamento, também é difícil ignorar a importância que a entrega a domicílio adquiriu no varejo durante este ano, devido à aceleração dos processos de inovação e digitalização nas empresas e mudanças nos hábitos de compra da população.
Mesmo com a reabertura da economia e a queda na taxa de isolamento em alguns municípios, inclusive São Paulo, a expectativa é de que esse tipo de serviço mantenha sua força por um tempo.
Para isso, existem muitas possibilidades de utilização de inteligência geográfica para elaboração de estratégias, como:
Entre muitas outras. Nos canais da Geofusion, possuímos vários conteúdos que podem ajudar a fazer as melhores análises, tanto para o feriado quanto para além dele.
Além disso, você também pode ficar por dentro das tendências do mercado com grandes players de diversos segmentos. Quer saber mais a respeito?
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