Embora nem sempre seja a aplicação mais frequente, dados de inteligência geográfica são cruciais para estudo do mercado imobiliário.
Afinal, neste setor, a geolocalização é determinante nas negociações com os clientes. Conhecer os arredores de um imóvel, seja comercial, seja residencial, é fator bem relevante para o fechamento de um contrato.
Uma pessoa que goste de ambientes tranquilos pode não se sentir nem um pouco à vontade morando perto de uma estação de metrô movimentada, por exemplo.
E o mesmo vale para uma empresa. Qual é a característica que mais a atrai para se estabelecer em um local? O fácil acesso para os funcionários pode funcionar em alguns casos. Em outros, estar próximo da concorrência é o principal.
Sendo assim, essas informações são essenciais para as mais diversas áreas que atuam no setor de imóveis. Ter os dados mais precisos do mercado para entender como mapear isso é o que pode fazer toda a diferença na sua negociação.
1. Saiba o perfil do morador para estudo do mercado imobiliário
Quando se trata de pessoas físicas, um dos primeiros critérios de avaliação para o aluguel ou compra de um imóvel costuma ser o preço a ser pago. Em um período de recessão, como os vividos nos últimos anos, isso se acentua.
Por isso, fator importante para realizar um estudo do mercado imobiliário que seja coerente e vendido para o público certo é a renda média domiciliar da região.
Isso é extremamente fácil de ser extraído com uma ferramenta de inteligência geográfica, como o OnMaps, desenvolvido por nós, da Geofusion, o qual conta com centenas de fontes confiáveis, públicas e privadas, para análises de território e de mercado.
Veja um exemplo:
Na imagem acima, fizemos uma busca pela renda média por bairro de São Paulo, e focamos o mapa em uma região da Zona Sul próxima ao centro da cidade.
De prontidão, é possível perceber que os habitantes de Vila Nova Conceição, Jardim Lusitânia e Parque Ibirapuera tendem a possuir um poder aquisitivo maior que os da Vila Mariana e Vila Clementino.
Logo, eles são também mais propensos a aderirem à compra de imóveis de alto padrão. Dependendo da estratégia que o profissional tiver em mente, várias outras características sociodemográficas são passíveis de cruzamento, como idade e gênero.
2. Mapeie o acesso aos bens e serviços
Mesmo em territórios com maior renda, há características locais que os tornam diferentes entre si. Certas regiões costumam ter maior concentração de empresas e comércios, e outras acabam tendo maior quantidade de domicílios.
Mas, além disso, em bairros mais distantes dos centros comerciais, também não significa que inexista diversidade de produtos e serviços. Muito pelo contrário, inclusive.
Afinal, cada empresa tem um público-alvo em específico, cujas características principais nem sempre são necessariamente financeiras. Assim, a distribuição de suas unidades por vezes se espalha de modo diferente do que as pessoas imaginam.
Quer ver um caso real? No mapa abaixo, fizemos um estudo exclusivo visando identificar a localização das principais redes de escolas de idiomas em São Paulo, que estão representadas nos pontos coloridos.
As áreas verdes, neste caso, representam as regiões domiciliares, enquanto as roxas são as de predominância empresarial.
Ainda que haja certa concentração nos territórios com maior presença de corporações, como o centro e a Zona Sul, a presença desse tipo de estabelecimento também é significativa no restante do município.
Por quê? A razão é que, frequentemente, o fator mais interessante para essas empresas é a proximidade de determinados tipos de empresas, como escolas e restaurantes, as quais também são polos geradores de tráfego.
Você pode conferir essa análise das escolas de idiomas com mais detalhes clicando aqui.
3. Faça a prospecção de leads qualificados
Um aspecto em comum com o primeiro caso que mostramos neste post, sobre os perfis de moradores em alguns bairros de São Paulo, é que, neste caso, você pode fazer sua análise buscando um perfil em específico de público-alvo.
Entretanto, no case em questão, havia o conhecimento de onde se objetivava atingir, mas não necessariamente quem estava ali. Só que o caminho inverso também é possível: traçar a persona desejada e, então, descobrir onde ela está.
Isso é parecido com o que as escolas, tanto de idiomas quanto de ensino básico ou superior, fazem para captação de alunos. Uma vez sabendo o perfil do cliente que querem atingir e os tipos de estabelecimentos atraentes no entorno, elas iniciam a estratégia.
Quer algo mais próximo do imobiliário? Utilizando o OnMaps, a Lello Condomínios conseguiu mais de 20 mil leads qualificados, ou seja, prédios que tinham potencial para serem clientes geridos pela empresa.
No mapa abaixo, há uma amostra disso, no caso delimitado apenas na região de Astúrias, no Guarujá, litoral paulista:
De acordo com os representantes da Lello, este número de potenciais clientes demoraria 15 anos para ser obtido de porta em porta.
Com esse tipo de estudo do mercado imobiliário, a organização conseguiu aumentar a velocidade do processo de prospecção, que na ocasião já era alto. Veja mais sobre esse caso extraordinário aqui.
4. Entenda a dinâmica da região
Para estudo do mercado imobiliário com foco em estabelecimentos comerciais, a circulação de pessoas ao redor dos imóveis pode ser um fator importante. Isso desde escritórios até mesmo pontos de venda para varejistas.
Se, por um lado, essa informação é interessante por conta dos negócios dos quais se queira estar próximo, também existem aqueles que se beneficiam da conveniência do local.
Em outras palavras: não é todos os dias que você está disposto a sair de casa para comprar um bombom ou um sorvete, certo? Mas, se encontrar uma loja desse tipo após sair do restaurante onde acabou de almoçar, talvez faça uma paradinha ali.
Não por acaso, essa estratégia é seguida por muitas empresas que procuram se estabelecer nas regiões onde existe maior PEA Dia, ou seja, População Economicamente Ativa durante o Dia.
Mas com certeza se engana quem acha que isso é válido apenas para produtos desse tipo. O indicador é bem relevante e procurado por muitas outras categorias de serviços, como a expansão de farmácias, por exemplo.
Esses são apenas alguns dos casos em que a inteligência geográfica é utilizada para resolução das mais diversas dores de empresas que pretendem abrir novas unidades ou prospectar clientes.
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