As estratégias de vendas baseadas em Omnichannel já eram uma tendência no início do ano. Mas com a chegada do novo coronavírus, elas se intensificaram.
Isso porque consistem na integração entre os canais online e offline. Mas para que funcionem, é necessário saber utilizar dados de mercado para traçar planos precisos e obter resultados.
De acordo com informações do Compre&Confie, divulgados no Canal Tech, o faturamento no varejo digital cresceu 64% durante a Páscoa deste ano, em comparação com o mesmo período de 2019.
Outra análise realizada pela organização foi a respeito do primeiro trimestre de 2020, na qual houve um aumento de 32% em pedidos e 26% em faturamento neste tipo de compra, também em comparação com o ano passado.
Essas informações mostram que existem oportunidades para o mercado investir em Omnichannel. Afinal, trata-se de uma estratégia que, no longo prazo, leva à redução significativa de custos para a empresa.
Entretanto, a implantação mal executada pode resultar em gastos e frustrações. Saber fazer isso de forma bem apurada é essencial para conseguir impactos positivos nos processos. Veja abaixo como fazer isso.
Quando se trata de utilizar canais digitais, ainda que parcialmente, é necessário entender que se está entrando em um mundo de dados. Saber como interpretá-los e aplicar o conhecimento obtido a partir disso é o que faz a diferença.
Algumas empresas já estão mais acostumadas a pensar no atendimento partindo de referências relacionadas, como métricas e demografia.
Seja para elaborar planos de expansão, seja para analisar performance – por meio do faturamento da empresa, por exemplo – são vários os indicadores em estratégias offline.
Entretanto, em canais online, alguns fatores se diferem. Por um lado, a competição pela atenção do público é, geralmente, mais acirrada. Por outro, existem as vantagens de se trabalhar com maior quantidade de informações e dados de mercado.
Alguns exemplos são os contatos do consumidor, o tráfego realizado por ele na plataforma e o endereço.
Uma particularidade útil quando se opta pela integração entre os canais é que, em certos casos, informações coletadas offline podem ser usadas online, e vice-versa.
No varejo, a jornada do consumidor tende a ter um dos seguintes finais: a busca de um produto direto na loja, a retirada nos Correios ou a entrega em casa.
Em um cenário no qual parte da população está em isolamento social, a lógica é de que haja prevalência do terceiro tipo de comportamento.
Neste caso, precisão a respeito de onde o público mora resulta em certas vantagens. Uma delas, por exemplo, é a possibilidade de ofertar produtos e serviços em marketing digital.
Mas a principal consiste em conseguir fazer um planejamento consistente de delivery. Assim, o profissional responsável sabe quais territórios possuem maior demanda, compara com a capacidade de atendimento e define o foco da atuação.
É importante nunca esquecer que, afinal, entregas significam riscos. Roubos, extravios, trânsito, entre uma série de variáveis dificultam – ou facilitam – a chegada do produto até o consumidor.
Por isso, é necessário muita atenção em questões logísticas durante esse tipo de planejamento.
A diferença entre os principais locais para realizar atendimento e a frota disponível para isso nem sempre geram o cenário mais perfeito. Mas ser realista no momento de considerá-los evita o fracasso da estratégia.
Prometer para o cliente a entrega de um produto, quando a capacidade real é de muitos dias ou horas depois, causa problemas não apenas de vendas, mas também jurídicos.
Mais uma vez, a precisão nos dados de mercado disponíveis faz toda a diferença. Entretanto, os desafios podem se tornar oportunidades.
Por meio de ferramentas de inteligência geográfica, é possível estimar até onde a empresa consegue atender, tendo como referência o tempo que dispõe ou a quantidade de quilômetros máxima para isso.
Além de entender melhor os riscos, os dados de mercado com base em endereços e localização servem para identificar o potencial de uma região.
Isso porque, utilizando o recurso certo de análise com base em georreferenciamento, o profissional tem uma visão ampla dos territórios onde é interessante atuar.
Muito além de uma visualização em mapa digital dos pontos que o atraem, a ferramenta o permite cruzar com aspectos sociodemográficos, como faixa etária e renda do público.
O nível de verticalização da área, a densidade populacional, entre outros fatores, são variáveis passíveis de orientação para uma estratégia de sucesso não apenas durante o isolamento social, mas para muito depois.
Por isso, ainda que em meio às incertezas do mercado, tanto no âmbito econômico quanto no comportamento do consumidor, convém enxergar o momento atual como uma oportunidade de captação.
Nisso, o Omnichannel é uma estratégia que se destaca. Afinal, por possibilitar a integração entre online e offline, os dados de mercado conquistados neste período específico podem levar a um impulsionamento na retenção de clientes.
Caso queira saber mais sobre as aplicações da inteligência geográfica de mercado para a definição de planos e análises, você pode conferir nosso material exclusivo abaixo: