Em suas análises, muitas organizações consideram dados como faturamento e ticket médio para entender o perfil de clientes aos quais atende. Isso não está errado. Mas, para compreender com maior profundidade essas pessoas, é preciso ir além.
Esses indicadores são essenciais para observar o comportamento dos consumidores, mas muitas vezes não são o suficiente para descobrir distribuições populacionais em escalas geográficas.
Desta forma, quando o objetivo do profissional é mais abrangente, envolvendo expansões de unidades, pulverizações de pontos de venda ou gestão de territórios, a sociodemografia assume um papel crucial.
E isso não apenas no âmbito comercial. O Exército de Salvação é o caso de uma instituição sólida e beneficente que utiliza informações desse tipo para planejar suas ações. Confira abaixo como eles usam essas aplicações.
Uma análise por aspectos sociodemográficos envolve muitas variáveis. O primeiro passo é compreender as principais características do público-alvo a que se atende.
Exemplo disso é a renda. Para muitos tipos de produtos e serviços, esse é um fator crítico a ser considerado, pois envolve diretamente o quanto as pessoas de fato podem comprar.
Em outros casos, também convém entender o gênero do consumidor, situação que geralmente envolve vestuário ou outros tipos de componentes relacionados à estética. Assim, interessa saber onde há maior concentração de pessoas com essas características.
Isso apenas em um primeiro momento. Uma vez tendo bem definida essa persona, o profissional pode dar início às estratégias para captá-las ou melhorar o atendimento a elas.
Entram em jogo, então, variáveis como a capacidade de atendimento, a distribuição de produtos, e até mesmo direcionamento de campanhas, tanto presenciais quanto digitais.
Foto: Getty Images
No caso das ações do Exército de Salvação, utiliza-se para compreensão do entorno dos bazares beneficentes mantidos pela instituição.
Em uma parceria com nós, da Geofusion, o OnMaps, nossa solução de inteligência de dados representados em um mapa digital, é disponibilizado para ajuda nas estratégias e melhor encaminhamento de recursos a quem precisa.
A instituição aplica essas informações levando em consideração, especialmente, os fatores de perfil do cliente, comportamento do público e distribuição.
Para os dois primeiros, além da demografia, são estudados também dois dados um pouco mais específicos. São eles o PEA Dia e os Polos Geradores de Tráfego, que explicamos logo abaixo.
Ao identificar quais são seus bazares de sucesso, o Exército da Salvação consegue analisá-los em relação às características dos locais em que eles estão inseridos. Desta forma, descobre os fatores que influenciam nesses resultados que o ponto obtém.
De acordo com Tiago Mendes, representante da organização, essa compreensão os fez realocar e modificar o tamanho de bazares que não obtinham um aproveitamento correspondente ao potencial que poderiam.
Foto: Bazar Beneficente do Exército de Salvação em Santo André / Divulgação
Assim, decidiram usufruir de outras oportunidades de imóveis que se encontravam em locação.
De qualquer forma, quando se fala em características dos locais, é importante levar em consideração que não se trata apenas de espaços físicos, mas também de toda a dinâmica da região. E é nisso que dados vivos e informações como o PEA Dia fazem a diferença.
PEA Dia é uma sigla que significa Pessoas Economicamente Ativas durante o Dia. Isso envolve todos os habitantes de um território que tenham algum tipo de renda, independentemente de trabalharem ou não.
Portanto, entram neste cálculo algumas pessoas que, por exemplo, sejam estudantes ou vivam de aposentadoria. Além disso, são considerados os trabalhadores da região, tanto os que possuem vínculos formais quanto os informais.
Informação que tenha um sentido parecido, embora diferente, é a dos Polos Geradores de Tráfego. Neste dado, são considerados, ao invés da população, estabelecimentos de grandes redes de determinados segmentos.
Isso porque existem certos locais que atraem maior fluxo de clientes por conta de seus serviços. Esse comportamento faz com que seja interessante para várias organizações ficarem próximas do ponto.
Bancos, supermercados, shopping centers, rodoviárias, metrôs, terminais, entre diversas categorias estão compostas neste dado. Por isso, saber onde ficam esses lugares é um indício das áreas nas quais as pessoas mais circulam.
No caso do Exército de Salvação, servem de panorama para saber onde há maior probabilidade de encontrar o perfil de clientes que eles desejam e que estejam interessados em fazer uma visita, contribuindo, portanto, com os bazares beneficentes.
Além do entendimento do perfil de clientes, o Exército de Salvação também aplica a inteligência geográfica do OnMaps para o melhor funcionamento das operações da organização.
Assim, eles avaliam o tempo que os veículos têm de deslocamento entre o centro de distribuição e cada loja nas quais precisa atender. Além disso, a distância entre esses dois pontos também é um fator considerado.
Com essas informações, a distribuição de produtos disponíveis em estoque se torna mais mensurável, e passível de localizar alguns dos melhores trajetos.
Foto: Bazar Beneficente do Exército de Salvação em Santo André / Divulgação
A organização atua em diversos países. Possui projetos voltados para atendimento a crianças em situação de risco, educação, capacitação profissional, lares de idosos, ações para refugiados, entre outros programas voltados a populações em vulnerabilidade.
No Brasil, realiza ainda campanhas como o Cobertor do Bem, que arrecada os itens e os distribui a moradores de rua e famílias que precisem, e a Campanha de inverno, que coleta roupas, calçados e pequenos objetos.
Possui bazares em São Paulo, Santo André, São Bernardo, Diadema, Mauá, Suzano e Rio de Janeiro. Além do eixo Rio-São Paulo, realiza atendimento ainda em Santa Catarina, Distrito Federal, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
Você pode saber mais sobre a atuação deles em seu site oficial.
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