O Same Store Sales é um importante indicador para entender a performance no varejo, especialmente para empresas que possuem número significativo de unidades.
Este termo significa, em português, “vendas nas mesmas lojas”. Ou seja, é uma métrica utilizada para entender de forma mais precisa o quanto elas aumentaram nos estabelecimentos analisados em relação ao período anterior.
Este dado também é interessante para compreender se os resultados obtidos no faturamento ocorrem de forma mais distribuída ou concentrada.
Veja abaixo como isso pode te ajudar a entender melhor o negócio e, assim, saber onde deve alocar investimentos e recursos para as regiões de atuação da sua rede.
Aplicações do Same Store Sales
Quando um gestor analisa a receita da empresa de modo geral, ele pode, a princípio, ter uma grande alegria – ou decepção. As informações totais por vezes levam a crer que aquela visão panorâmica é uma representação fiel da saúde do negócio.
Mas, ao olhar com mais atenção, observando as minúcias que compõem este dado, passa a perceber que nem sempre ele corresponde a todas as partes.
Uma única loja, ou um determinado grupo de lojas, podem ser o que está puxando os números, seja para cima, seja para baixo. Por conta disso, análises de indicadores como o Same Store Sales, também chamados de SSS, são pertinentes para evitar ilusões.
Como funciona o indicador
Para realizar este tipo de estudo, o profissional geralmente escolhe um determinado período no ano e o compara com o anterior. Isso é bastante comum para observação de vendas sazonais, como nos Dia dos Namorados ou Dia das Mães.
Outra possibilidade consiste também em selecionar “fatias” do ano para fazer a análise. Por exemplo, considerando resultados trimestrais, quadrimestrais, etc. O critério de escolha varia conforme o que melhor convier e de acordo com a atuação da empresa.
Para varejistas que atuam com produtos mais sensíveis às oscilações nas datas comemorativas, compará-los ano a ano pode ser mais interessante. É a situação do segmento de moda, por ser muito procurado na sazonalidade.
Bens duráveis, como automóveis, nem sempre demandam análises em escala tão reduzida, a não ser que ocorram ações específicas, ou algo similar. Afinal, geralmente as variações se relacionam a mudanças econômicas mais amplas.
Entretanto, os indicadores não se restringem apenas a esses segmentos e períodos. Mudanças de comportamento do consumidor podem aparecer a qualquer momento, pelas mais diferentes influências, tanto externas quanto internas.
Inteligência geográfica e SSS
O Same Store Sales, por si só, é uma métrica que permite compreender as lojas onde ocorrem as melhores e piores performances ou até mesmo canibalizações. Isto é, quando uma unidade rouba os clientes de outra pertencente à mesma rede varejista.
Em conjunto com dados de inteligência, a análise se torna uma precisa e profunda compreensão do mercado, funcionando como uma bússola para as ações.
Afinal, possibilita avaliar a correspondência dessas informações com diversos fatores, como o potencial de consumo do entorno, a renda da população, entre muitos outros.
Com ferramentas de inteligência geográfica, é possível inclusive importar uma base das unidades e visualizar como esses fatores se relacionam entre si em âmbito local.
Assim, em cenários nos quais existe a necessidade de decidir onde abrir lojas, onde fechar, ou mesmo como alocar funcionários e produtos, o processo fica mais fácil e seguro.
Isso serve apenas para o offline?
Embora essa métrica seja usada principalmente no contexto de lojas físicas, ela é útil também para pensar no mercado digital. E o período de isolamento social é um bom exemplo disso.
Com o fechamento dos estabelecimentos, o e-commerce virou uma rota de fuga para muitas empresas. Em meio a esse cenário, as mais adaptadas a estratégias online, como marketing digital e omnichannel, conseguiram se sobressair.
Outras decidiram se reinventar, como os shopping centers que se tornaram drive-thru durante o período.
Segundo estudo publicado pela Compre & Confie, rede que avalia a satisfação dos consumidores, isso influenciou no fato do Dia dos Namorados de 2020 ter obtido crescimento de 116% no faturamento do e-commerce.
O resultado foi descoberto por meio de uma análise muito similar à do Same Store Sales: comparando as compras do ano em questão com as do anterior, só que aplicada ao consumo online.
Outro dado apontado pelo estudo foi que a taxa de recompra correspondeu a 21%. Ou seja, esta é a quantidade de pessoas que consumiram da mesma loja que o ano anterior no Dia dos Namorados.
A análise divulgada pela Compre & Confie serve de base para entender como informações digitais podem ser utilizadas para entender o comportamento offline.
Mas além de se orientar por estudos de mercado, o profissional também pode estudar o próprio nicho de atuação.
Isso permite compreender, portanto, não apenas as respostas em meio a um cenário específico, como o do isolamento, e sim qualquer outro em que se precise de soluções para expandir ou entender a performance das operações.
Essas informações têm grandes impactos em cenários sensíveis, como o da retomada do mercado após a pandemia. Mas também abrem opções para vários outros desbravamentos.
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