Quando uma marca surge ou uma empresa lança um novo produto/serviço, o que geralmente precede essa decisão tem como base inúmeros estudos.
Testes e pesquisas quanti e qualitativas com potenciais consumidores, análises da concorrência e definições de estratégias comerciais e de marketing minimizam erros e dão a segurança necessária para investimentos.
Dentro desse universo de informações, existe uma bastante valiosa e reveladora para compreender perfis e hábitos de consumo: o endereço de seus clientes.
Conhecer onde mora e/ou trabalha uma pessoa que consome o que a empresa oferta é um diferencial que nem todo varejista possui.
No contexto da inteligência geográfica de mercado, saber essa informação se traduz em conhecimento sobre o público-alvo,
Dá pra compreender informações como faixa salarial, renda provável e tendências de consumo, por exemplo, aprimorando ações voltadas a melhor oferta do mix de produtos, campanhas de marketing e até mesmo expansão de lojas.
Então por que poucos ainda possuem esse dado? É natural que uma loja de móveis saiba onde seus clientes residem, até por questões de entrega e logística.
Porém, um caixa de uma rede de fast food pedir a informação de endereço para um consumidor pode causar estranheza num primeiro momento.
Mas calma. Existem diversas maneiras de levantar a localidade de clientes, de forma vantajosa para os dois lados. É o que você confere a seguir, com as cinco dicas que listei neste artigo.
1. Programas de fidelidade
Para atrair novos clientes e tornar ainda mais próximos os que já compram nas lojas, muitas redes de varejo tem como prática a criação de programas de fidelidade, seja por meio de sistemas de pontuação, recompensas (brindes ou produtos da loja) ou parcerias com outras empresas.
Esta é a oportunidade para, além de fidelizar clientes, coletar informações dos mesmos. Ao cadastrar uma pessoa em seu programa de fidelidade, você pode exigir a informação de endereço. Nessa oportunidade, é interessante saber se a pessoa vem de casa ou do trabalho.
O mais legal dessa coleta é a oportunidade de mapear o comportamento de compra da sua base de clientes, analisando assiduidade e retração nas unidades, assim como sucesso ou insucesso de produtos ofertados ao longo do tempo.
2. Pesquisas de satisfação
Compreender o grau de satisfação dos clientes em relação à experiência de compra na loja ou até mesmo no ambiente online é, talvez, o melhor termômetro para compreender o que pode melhorar e o que está dando certo na operação do dia a dia.
É neste momento que o endereço do seu cliente pode (e deve) ser coletado.
Esse dado estará inserido nos campos relacionados aos dados cadastrais, acompanhado de questões que sejam relevantes para o negócio – qualidade do atendimento, dos produtos, tempo de entrega e percepção de preço são alguns itens.
O segredo é focar nos pontos que você considera mais críticos e sensíveis, para melhorar resultados na ponta do processo.
E a troco de quê o meu cliente vai parar um tempo do seu dia para ceder tanta informação? Bem provável que você esteja se perguntando sobre isso.
Bom, algumas práticas bastante disseminadas no varejo é oferecer como contrapartida e recompensa descontos atrativos e até mesmo produtos grátis. Acredite: funciona muito bem.
3. Ações sazonais de vendas
Dia das Mães, Dia dos Namorados, Natal… O varejo está repleto de oportunidades ao longo do ano para realizar ações sazonais aos consumidores. Aproveite a oportunidade para incrementar as informações sobre o seu cliente, incluindo o endereço.
Datas comercialmente relevantes movimentam muita gente dentro das lojas.
Então, se a sua empresa não está preparada para o alto fluxo de cadastros, a sugestão é contratar alguma agência que possa apoiar tanto as promoções ofertadas como possíveis ações de merchandising na unidade.
4. Investimento em sistema de CRM
A falta de controle e unificação de cadastro de clientes é algo ainda muito presente no varejo brasileiro. É que muitas empresas ainda apostam em planilhas ou até mesmo no papel como forma de registro.
Quando vai efetuar uma compra, seu consumidor não vai diferenciar a experiência física da online. Afinal, ele está investindo dinheiro e confiando na sua marca, independentemente do canal, seja pelo site, redes sociais, aplicativo de celular ou loja física.
Essa ominicanalidade é a oportunidade de qualquer varejista levar mais inteligência aos processo de coleta de informações sobre seus clientes, por meio de um sistema de Customer Relationship Management, mais conhecido como CRM.
A solução facilita a integração de dados e o compartilhamento entre as áreas da empresa. O cadastro centralizado em um CRM minimiza erros de comunicação com sua base de clientes e dá agilidade na atualização de informações.
5. Mídias sociais e apps mobile
Enquanto o consumidor está mexendo no celular, interagindo nas redes sociais e fazendo check-in por aí, os varejistas têm uma grande oportunidade de entender comportamento de consumo com base na localização.
A coleta de dados via smartphones dão muitos insumos para ações de marketing microlocalizadas, por exemplo.
Neste caso, não é exatamente a coleta do endereço residencial ou do trabalho, mas pode ser uma ótima informação, capaz de revelar lugares que o consumidor frequenta e seus hábitos de compra.
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