Quando falamos sobre varejo, podemos afirmar que a expansão dos negócios já deixou de depender somente das pesquisas de campo e dos longos estudos conduzidos pelos responsáveis pela abertura das lojas.
Mapas físicos cheios de pinos? Esse trabalho ficou no passado! Com a transformação digital, é possível extrair informações e montar planos de ação sem sair do escritório.
Se as tomadas de decisão da empresa são pautadas no geomarketing, elas se tornam mais eficientes e personalizáveis. E se o assunto é expansão da marca, as informações do setor censitário podem ajudar a decidir quais regiões são receptivas para seus planos.
Para saber como esse estudo é realizado e como aproveitar os levantamentos nas estratégias da sua companhia, acompanhe nossas dicas!
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O que é setor censitário?
O termo é revelador: censitário deriva de “censo”, que é um estudo estatístico feito sobre uma população, permitindo o recolhimento de diversas informações. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o responsável por fazer o censo no Brasil.
O recenseamento geográfico permite definir, por exemplo, a ascendência econômica de determinada região, diferenças sociais entre homens e mulheres, e muito mais sobre o modo como vivem as pessoas.
O setor censitário serve para que os recenseadores do IBGE consigam ir a campo. Pareceu complicado? A gente explica: os recenseadores são os pesquisadores do instituto.
E os setores censitários servirão para guiar esses pesquisadores na hora de “bater de porta em porta”, ou seja, na hora de se deslocar para as regiões a fim de recolher dados.
Um setor censitário pode ter qualquer medida. O que define esses setores não é o espaço geográfico que eles ocupam, mas a quantidade de domicílios que cada setor censitário comporta.
Cada um tem cerca de 300 domicílios, contando casas e apartamentos. Então, o recenseador já vai a campo preparado para realizar uma quantidade predeterminada de entrevistas.
Como o varejo pode se beneficiar dele?
Quando paramos para analisar os setores censitários em um mapa, vemos múltiplas faces: de regiões com muitos metros quadrados a pequenos recortes da cidade. Então, não há uma inteligência por trás do processo a não ser a exigência de que ele tenha cerca de 300 domicílios.
As características que diferenciam uma área da outra é o que interessa ao gestor na hora de montar seus planos de ação, principalmente para abertura de novas lojas — quantas pessoas moram no setor, quantas são homens e mulheres, sua faixa etária, o nível de escolaridade médio da população e seu poder aquisitivo são fatores determinantes na avaliação.
Quando uma marca se aloca em determinada região, ela espera que as pessoas que vivem no entorno frequentem seu ponto de venda.
Se for uma padaria, o entorno será menor. Se o gestor monta um supermercado, vai aumentar para cerca de 600 metros a 1 km de abrangência; mas o sucesso depende da população local.
O setor censitário é importante para decidir se vale a pena abrir uma loja, além de servir para que o gestor tome decisões que vão desde estabelecer uma meta de venda até definir catálogos de produtos, pois é preciso saber que perfil de cliente está no entorno imediato.
As informações do setor censitário permitem enxergar detalhes sobre o perfil do mercado do entorno de cada unidade do varejo. Não adianta vender produtos que atendem à classe de consumidores de faixa de renda A (com maior poder aquisitivo), se a população do entorno tem perfil B ou C.
Em função do perfil censitário, a empresa vai determinar preço, produto, comunicação e até o treinamento das pessoas de cada PDV. Depois que a unidade está aberta, é possível otimizar para aproveitar o potencial máximo do entorno.
O que é geomarketing?
Geomarketing é uma técnica que considera a visualização e análise de dados reunidos pelos estudos demográficos como componente no processo de tomada de decisão nas empresas. Diante desses dados, a empresa traçará suas estratégias de marketing, vendas e trade.
O geomarketing valoriza a localização dos clientes e prospects como peça fundamental para a condução das negociações, tanto em transações Business to Business (B2B) quanto Business to Consumer (B2C).
As informações ganham novas dimensões de análise, passando a levar em consideração o contexto e as especificidades regionais às quais a marca está sujeita.
A aplicação dessa estratégia permite identificar com precisão o tamanho do mercado, perfil do consumidor, as ações das concorrentes, comportamento de compra e cobertura de vendas em estados, cidades, bairros e ruas, proporcionando suporte a decisões, redução de riscos, otimização de investimentos e melhores resultados comerciais.
Quais suas vantagens?
Em posse das informações do setor censitário é possível trabalhar em duas escalas:
- macro: decisões no recorte de país, de estado ou cidade;
- micro: decisões de cada loja ou para cada microrregião.
Para expandir o negócio utilizando as informações do setor censitário, é necessário investimento em soluções modernas que destaquem efetivamente a sua marca.
O gestor deve ficar atento às circunstâncias de macro escala que possam afetar a empresa — mas seu foco, claro, deve estar centrado na microescala, a fim de trabalhar as particularidades do entorno de cada unidade.
O geomarketing aparece como parte importante nas tomadas de decisão, já que o objetivo do estudo é alinhar oferta e demanda para atender aos clientes de forma plena, levando em consideração o caráter regional e logístico do negócio.
Usando um sistema do tipo, as empresas estudam seu mercado e levam com mais facilidade os produtos ou serviços ao público ideal, seja o shopper ou o consumidor. Também potencializam suas chances de despertar o interesse dos compradores locais.
O geomarketing permite identificar unidades que estão prestando atendimento abaixo da média, e então aumentar o desenvolvimento comercial da equipe. Também pode estudar a concorrência e realizar um benchmarking.
Com essas rotinas, sua empresa consegue avaliar os resultados das campanhas por meio de gráficos e mapas que, além de fornecer dados para planejamentos, dão também suporte para o aumento da rede de vendas.
Exemplos de empresas que utilizam geomarketing
A Restaura Jeans viu que apostar no geomarketing pode ser um grande diferencial competitivo. A franqueadora mapeou as regiões do Brasil onde seu público estava concentrado e, assim, escolheu os melhores pontos para abrir as novas unidades. Isso levou a marca a bairros como o de Moema, em São Paulo, onde ela encontrou seu potencial.
E não foi só a Restaura Jeans que se beneficiou das informações censitárias. A Acerte Franchising também aproveitou o geomarketing para crescer, mapeando cidades onde a rede poderia encontrar aderência. Com a gestão das unidades, a marca conquistou seu espaço e hoje tem recebido feedbacks positivos dos franqueados e clientes.
Ficou interessado e quer apostar nessa estratégia? Para aproveitar as informações do setor censitário, é preciso contar com uma ferramenta especializada. Isso porque o Brasil tem mais de 320 mil setores censitários, cada um identificado por um código de 15 dígitos.
Viu como as informações do setor censitário podem ajudar nos planos estratégicos? Aproveite para complementar seu conhecimento sobre varejo. Baixe o material abaixo e entenda como aprimorar seu planejamento de expansão e vendas.