Publicado em 22/03/2018

Saiba quando o mercado turístico é a opção ideal para expandir a rede

Saiba quando o mercado turístico é a opção ideal para expandir a rede

Geofusion Claudio Gonçalves
@geofusion_
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Você já se perguntou por que algumas empresas realizam ações de ativação da marca em cidades turísticas, mesmo que não estejam presentes ali? Elas estão de olho no fluxo sazonal de pessoas próprio do mercado turístico.

Assim como é uma oportunidade para ações pontuais, um polo turístico se apresenta também como ótima praça para a expansão de redes de varejo, serviços e franquias.

Como a sua rede pode se beneficiar da movimentação de turistas de um bairro ou município? É exatamente isso que este post vai abordar.

Você vai descobrir quais os tipos de negócios favorecidos por esse fluxo e que fatores devem ser considerados para elaborar um plano de expansão focado em cidades turísticas.

Antes de entrarmos nos detalhes, que tal complementar tudo o que já sabe sobre abertura de unidades? Basta que você clique no banner abaixo para baixar gratuitamente o nosso material.

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Quando e por que expandir a rede para cidades turísticas

Segundo um estudo feito pela Geofusion, baseado em dados do Ministério do Turismo e IBGE, as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, recebem, juntas, quase 32 milhões de turistas, anualmente.

Não é preciso fazer a conta para perceber o quanto o poder de compra nestes polos é impulsionado pelo turismo.

Por isso, se você ainda não considerou a possibilidade de abrir lojas em destinos turísticos, comece a pensar nisso!

Mas como saber se a movimentação turística será um fator de impulsionamento para a sua rede? A resposta está no perfil do negócio – alguns são mais favorecidos por esse item do que outros.

As redes mais voltadas ao consumo e serviços são as que mais podem se beneficiar, pois visam atender necessidades e desejos dos turistas, como é o caso de alimentação, lazer e até alguns ramos de estética.

Além disso, este mercado sempre é promissor para redes de hotelaria e turismo.

Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), as franquias deste setor apresentaram crescimento de 9,7% em faturamento em 2017, em grande parte impulsionadas por operações home office ou virtuais.

Entenda os perfis turísticos e como seu negócio pode se beneficiar deles

Para identificar as localidades mais atrativas para o seu negócio, listei os tipos de turismo que impactam mais diretamente o comércio local das regiões:

1. Turismo cultural e de lazer

Os atrativos são os pontos históricos, artísticos, culturais e as belezas naturais, além de festas tradicionais e festivais.

Uma franquia de spas, por exemplo, pode apostar facilmente em cidades impulsionadas pelo turismo de lazer, já que os viajantes geralmente estão dispostos a procurar atividades de relaxamento.

A abertura de um ponto fixo é válida, mas também dá para investir em uma estrutura de baixo custo, como um quiosque de massagens ao ar livre, próximo a orlas de praia.

Redes de lavanderia também podem se beneficiar da movimentação turística, já que, em muitos casos, os hotéis e pousadas não contam com esse adicional.

Outro ramo promissor em regiões com turismo de lazer é o de vestuário, calçados e acessórios para esportistas radicais.

2. Turismo gastronômico

É quando as pessoas viajam para mergulhar na gastronomia peculiar e tradicional de diferentes regiões.

Negócios voltados para o setor de alimentação se desenvolvem seja qual for o perfil turístico da cidade, mas, nos polos gastronômicos, o sucesso é ainda mais certo.

Mas atenção: a concorrência neste ramo é acirrada. Para se destacar, não faça mais do mesmo.

Vale estudar bem o perfil do público da região para investir em ambientes não tradicionais e pratos diferenciados ligados à cultura local.

3. Turismo de negócios e eventos

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Refere-se ao turismo de interesse profissional ou de caráter comercial. Pessoas que viajam para participar de eventos de negócios ou congressos estão incluídas nesta modalidade.

Estudos indicam que os consumidores do turismo de negócios estão dispostos a gastar cerca de quatro vezes mais em relação aos outros tipos. Até porque, diferente dos outros casos, esse tipo de turismo não é sazonal.

Além dos setores de gastronomia e hotelaria, o turismo de negócios favorece a prestação de serviços gráficos, de segurança, transporte e buffet.

4. Turismo de consumo

Quando o objetivo da viagem é a aquisição de produtos da região, seja pela fabricação exclusiva ou pelo preço.

Um bom exemplo é o fluxo de pessoas de outras localidades para a Feira da Madrugada, no bairro do Brás, em São Paulo.

Lojas temporárias e flexíveis: apostas de baixo custo

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Foto: Divulgação

Se você tem vontade de abrir lojas em cidades turísticas, mas tem medo de ficar às moscas na baixa temporada, tenho algumas dicas.

É possível apostar em um ponto de rua mais enxuto, com baixo custo de ocupação e investimento 30% menor, em média, comparado à loja tradicional.

Estou falando das pop up stores ou lojas temporárias, que você pode abrir na alta temporada, com data marcada para fechar, ou mesmo nos arredores de eventos alinhados ao seu negócio.

O caráter temporário permite que a estrutura seja desmontável e os equipamentos alugados.

Esse formato favorece o fortalecimento da sua marca, até por serem mais chamativos que os tradicionais. Por isso, monte uma pop up store que encante e surpreenda os turistas.

Mas se você não abre mão da loja fixa, mas prefere a cautela, vale investir em quiosques em pontos estratégicos ou mesmo unidades de estrutura flexível, que possibilitem ampliação quando o fluxo sazonal aumenta.

Transformar o estoque em espaço de vendas na alta temporada, por exemplo, pode ser uma alternativa.

Como montar um plano de expansão próprio para o mercado turístico

Agora que você já sabe quais os perfis de negócios que se beneficiam da movimentação turística, é hora de entender como criar o plano de expansão perfeito para esses polos.

Para aproveitar todo o potencial do mercado turístico e evitar prejuízos na baixa temporada, o segredo é analisar não só o fluxo sazonal de pessoas, mas também o perfil da população residente.

Afinal, seus clientes não serão apenas turistas, é preciso escolher um ponto comercial que atraia também a população local.

Que fatores você deve observar para garantir a escolha do município e pontos ideais, com a presença dos dois públicos? É o que veremos a seguir.

Analisando o fluxo sazonal de pessoas

É importante levantar números oficiais sobre os municípios com alta movimentação turística, como Rio de Janeiro, Florianópolis e São Paulo.

Esses dados podem ser conseguidos em levantamentos feitos pelo Ministério do Turismo ou institutos de pesquisa.

O fluxo turístico anual de cada cidade pode ser consultado também em ferramentas de geomarketing.

As mais completas possuem dados sobre segmentação dos municípios de acordo com o seu potencial turístico: alta atratividade, potencial turístico local, centros de turismo de negócios e baixo potencial.

Para entender essa classificação na prática, veja o mapa abaixo, que mostra o perfil turístico de municípios do Rio de Janeiro. 

populacao-turistica

Vale levantar ainda qual é o período de sazonalidade da cidade turística, como destaca Vanessa Bretas, gerente de inteligência de mercado da Associação Brasileira de Franchising (ABF):

“É importante levantar picos e depressões de demanda. No Brasil, de forma geral, isso tende a ser muito forte, como vemos no caso de cidades litorâneas”.

Depois de selecionar as cidades que você considera interessantes para expandir sua rede, procure pelos bairros que concentram os pontos turísticos e analise as suas características.

Vale lembrar que nem sempre áreas de alta densidade demográfica terão a presença de turistas garantida. Geralmente, o fluxo sazonal estará presente próximo a shopping centers, no centro da cidade ou ao redor da orla, no caso de cidades praianas.

Esse mapeamento da região é facilitado por ferramentas de geomarketing, que são carregadas com informações sociodemográficas e mercadológicas.

Para identificar as áreas que certamente atraem turistas, por exemplo, é possível ativar os seguintes dados nestas ferramentas:

  • Polos geradores de tráfego: estabelecimentos que atraem fluxo de pessoas, como agências bancárias, escolas e grandes redes de varejo
  • Índice de verticalização: concentração de domicílios do tipo apartamento. Em geral, os pontos turísticos são rodeados por prédios
  • Porte e localização de shoppings centers

É com base em uma ferramenta de inteligência geográfica que a Mude está aprimorando suas estratégias de expansão, analisando, entre outros fatores, a movimentação turística.

Especializada na produção e implantação de mobiliário urbano desportivo com publicidade integrada, a Mude já está presente em polos turísticos como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Florianópolis.

“Até então, a escolha das regiões era um processo empírico. Com a ferramenta, passamos a analisar profundamente o perfil das regiões que queremos atingir, identificando dados de movimentação turística, concentração de renda, densidade demográfica e presença de trabalhadores”.
Hugo Balarini Mendes (Analista de Inteligência de Negócios da Mude)

Os estudos estão em fase inicial, mas a empresa já identificou características de interesse em alguns municípios do Nordeste.

Um dos fatores é a presença de turistas que passam períodos mais longos na região e, distantes das academias de origem, procuram maneiras de se exercitar gratuitamente.

“A grande entrega que temos com a solução de geomarketing é conseguir mostrar para os nossos clientes (patrocinadores) dados concretos e detalhados sobre o perfil das regiões em que eles estarão investindo”, completa Mendes.

Analisando o perfil sociodemográfico da região

Depois de identificar áreas com maior presença de turistas, analise o quanto o seu público-alvo está presente nas regiões escolhidas. Para isso, levante as características sociodemográficas da população local.

É importante obter dados de densidade demográfica, faixa etária, renda média e nível de instrução.

Procure identificar a presença de pessoas economicamente ativas durante o dia na região, seja trabalhadores ou residentes inativos que consomem, como os idosos.

Não é impossível conseguir estas informações a partir de fontes oficiais, mas recomendo que você recorra a ferramentas de geomarketing.

Isso porque esse tipo de solução fornece dados detalhados na granuralidade de quarteirão. Você poderá observar, por exemplo,  onde há concentração de pessoas da classe A e A++ da faixa etária de 25 a 59 anos.

É superválido também identificar o potencial de consumo do polo turístico, que representa o volume de dinheiro que as famílias estão propensas a gastar durante um ano, em diferentes categorias.

Lembrando que esse dado vai se referir somente à população local, o que é uma boa notícia. Afinal, se a área para onde você pretende expandir apresentar alto potencial de consumo, considere ainda o poder de compra que virá junto com os turistas.

Para que você tenha uma ideia de como é possível visualizar todos esses dados em ferramentas de geomarketing, observe os mapas abaixo.

Eles revelam informações de renda média, densidade demográfica por faixa etária e potencial de consumo, em regiões da cidade do Rio de Janeiro.

sociodemografia-rio-de-janeiro

Conclusão: defina as cidades turísticas ideais para a sua rede 

A partir das duas análises que detalhei acima, você poderá formar uma lista de municípios e pontos ideais para expansão, considerando tanto a movimentação turística quanto o perfil da população local e o seu poder de compra.

Vale ainda analisar a presença da concorrência, a visibilidade dos pontos, a segurança e a aceitação do produto ou serviço que se quer comercializar.

Entre os destinos, certamente você encontrará locais com potencial para que a sua rede obtenha lucros tanto na alta quanto na baixa temporada.

De quebra, sua equipe de campo vai agradecer pela possibilidade de coletar dados tendo belas paisagens naturais como testemunha.

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Geofusion Claudio Gonçalves
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